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Presidente da Central de Cervejas espera que novos donos da Cintra não despeçam pessoal

“Faço votos para que os novos accionistas da Drink In procurem, como nós procuramos aqui, manter durante esta crise os postos de trabalho intactos. Que não se ponham a despedir pessoas. Espero que tratem os portugueses da mesma maneira que os espanhóis”, declarou o presidente da Sociedade Central de Cervejas (SCC) após ter conhecimento da compra da cervejeira de Santarém pelos espanhóis da Font Salem. Alberto da Ponte falava a O MIRANTE à margem da assinatura de um protocolo de âmbito social, com a Câmara de Vila Franca de Xira, que decorreu nas instalações da cervejeira em Vialonga.A Central de Cervejas tinha feito uma proposta de contratação à Drink In mas a empresa fundada por Sousa Cintra acabaria por ser comprada há poucas semanas pelos espanhóis da Font Salem. “Não foi de modo algum uma derrota. O que íamos fazer na Drink In era mais no espírito de ajuda ao emprego e utilizar uma capacidade de produção para cobrir deficiências nossas. Entretanto a crise, que também nos afectou e trouxe um decréscimo de três por cento no volume, bem como alguns investimentos que fizemos aqui, concluímos que não precisávamos dessa capacidade de produção”, explica Alberto da Ponte.O administrador encara a nova concorrência como um incentivo e não como uma ameaça, que até pode trazer mais valias num mercado aberto. “Desejo-lhes muita sorte. Sei que são pessoas de muita ética e que podem até colaborar para desenvolver a categoria das cervejas com o know-how que trazem”, revela.Alberto da Ponte defende que as empresas estrangeiras que se instalem no nosso país, sejam do sector cervejeiro ou de outro, devem ter em atenção que Portugal deve ser respeitado. “Que não se faça como o comissário Almunia que numa frase impossível incendiou completamente o país de uma maneira despropositada e gratuita”, referindo-se o administrador às declarações do comissário europeu espanhol quando este afirmou que “Grécia, Portugal e Espanha partilham problemas comuns, como a perda constante de competitividade e o elevado défice público”.Alberto da Ponte conclui dizendo que o exemplo da Sociedade Central de Cervejas devia ser seguido por muitas empresas. “Preocupamo-nos com a criação de valor, com o emprego, a internacionalização e as exportações. Somos um exemplo. Se estou a dizer isto de uma forma um pouco animada, mas não exaltada, é porque acho que se olha pouco para os exemplos das boas empresas de Portugal e que se devia olhar mais”, rematou o administrador da SCC.

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