A Associação de Automóveis Antigos e Clássicos da Lezíria, sedeada em Samora Correia, concelho de Benavente, é uma referência nacional no que diz respeito aos carros antigos mas ainda não conseguiu arranjar um local para instalar a sua sede, hoje situada na garagem de um dos directores.A ACAL – Associação de Automóveis Clássicos e Antigos da Lezíria, sedeada na cidade de Samora Correia, concelho de Benavente, luta há quase quatro anos por uma sede própria. A colectividade, fundada em 2006, é uma referência nacional no panorama dos carros antigos e tem levado a todo o país o nome do concelho de Benavente e do Ribatejo. Em Março esteve representada durante três dias no salão internacional MotorClássico na Feira Internacional de Lisboa (FIL). Conta hoje com mais de uma centena de sócios, realiza dezenas de eventos anualmente mas a sua sede ainda continua a ser a garagem de um dos directores.“Actualmente a associação vive da carolice de meia dúzia de pessoas onde as nossas instalações dependem da boa vontade de um dos directores. No dia em que esse director queira sair do projecto a ACAL ficará sem um tecto para tudo o que já possui. Andamos a batalhar por uma sede própria, umas instalações que não precisam de ser luxuosas, bastam quatro paredes e um tecto”, apela José Machado, presidente da direcção.Nos dias de hoje os caixotes de cartão empilham-se na garagem. Lonas, armações, gravadores de prova, quadros eléctricos, cadeiras, mesas, arquivos de sócios e geradores são cuidadosamente arrumados como se fossem peças de um puzzle, para aproveitar todos os cantos disponíveis. “Houve quem nos oferecesse uma máquina de imperial para usarmos nos nossos passeios mas nem a podemos guardar por falta de espaço”, lamenta José Matias, proprietário da garagem e director da associação.ACAL tem sócios em toda a região e até de mais longeA colectividade mantém viva a memória e tradição automóvel da região e do Ribatejo, sendo um dos poucos clubes de clássicos da região que tem conseguido vencer a crise e manter um leque assinalável de eventos durante o ano.“Hoje temos sócios pagantes de todo o país, de Vila Nova de Famalicão, Vila Real, Entroncamento, Santarém, Mafra, Torres Vedras e até de Setúbal. Temos um bocadinho de tudo, só não temos uma sede. Alugar um espaço está fora de questão porque o dinheiro que temos provém exclusivamente da quotização dos nossos sócios. Um dia lembrámo-nos de pedir ajuda à Câmara de Benavente no sentido de nos arranjarem quatro paredes e um tecto como fazem com outras associações do concelho. Disseram-nos que eventualmente arranjariam mas isso já dura há quase dois anos”, lamenta José Machado.Contactado pelo O MIRANTE, o vice-presidente da Câmara de Benavente, Carlos Coutinho (CDU), admitiu que ainda não foi entregue um espaço ao clube porque o município não tem nenhum imóvel disponível. “O problema é que não temos nenhum espaço disponível. Se tivéssemos já o teríamos dado. Isto são questões que não se resolvem de um dia para o outro mas temos procurado soluções em articulação com a Junta de Freguesia de Samora Correia e acreditamos já ter em mente um espaço que poderá servir para sede da colectividade, estando ainda dependente da aprovação da direcção da ACAL”, adianta o autarca. O próximo grande evento do clube será a segunda prova de regularidade e perícia, a disputar-se no dia 13 de Junho em Samora Correia. Para mais informações está disponível o contacto 919 841 464.