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Mercado de Abrantes transferido para antigas oficinas da Rodoviária

Quando alguém vê a sua casa interditada para uso e habitação só tem um caminho a seguir: faz lá obras. Se a casa tem mais do que um piso procura remediar-se no piso mais favorecido enquanto opera obras no outro piso. Acontece que o mercado diário há muito na mira da ASAE tem dois pisos. O superior para talho e hortaliças, onde só estavam 11 vendedores e o piso inferior, onde funcionou a peixaria e que há muito que poderia ter tido obras mais simples e fáceis para instalar esses 11 vendedores ou mais que fossem.Voltando ao exemplo da pessoa que viu a casa interditada, nunca se viu ninguém nessas circunstâncias abandonar a casa, ir comprar duas casas provisórias. Uma para viver uma parte da família e a outra para o resto da família. No caso das novas instalações ditas provisórias a câmara de Abrantes vai comprar uma loja para as hortaliças e o peixe e outra loja, afastada 200 metros da primeira, para os talhantes. Nessa compra provisória irá pagar 400 mil euros nas aquisições, fora as obras de instalação para este próximo ano.Recorde-se que para as obras no Mercado Diário, que teriam evitado a humilhação do fecho pela ASAE, havia já um orçamento de 350 mil euros e tínhamos obras quase definitivas no mesmo mercado. Estas duas lojas para instalações provisórias, daqui a um ano serão dois “elefantes brancos” completamente inúteis, pesem todas as fantasias que se queiram dizer para as voltar a usar, nisto ou naquilo.No novo Mercado que se anuncia - o tal das velhas oficinas da Rodoviária - já se prevê gastar cerca de 1 milhão de euros. E não importa agora saber se a CCDR Centro paga ou não 80 % do custo total, porque serão sempre dinheiros públicos em tempo de PEC.Quer dizer que em vez de 350 mil euros nas obras onde era necessário fazê-las - o Mercado - a câmara municipal de Abrantes vai gastar 400 mil euros em duas lojas sem utilidade futura, mais as obras de instalação e adaptação e mais 1 milhão nas futuras instalações ditas definitivas. E já temos três instalações afectas ao Mercado, sem que as pessoas possam estar bem servidas. E 1,5 milhões afectados a essas despesas.João  Baptista Pico

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