O presidente da Câmara do Cartaxo afirmou na última reunião do executivo que a autarquia tem condições para liquidar a dívida de curto prazo a fornecedores e empreiteiros dentro de dois meses. Cerca de 5,6 milhões de euros vão ser objecto de acordos de regularização de dívida com apoio de entidades bancárias, ao longo de cinco anos. Outros dois milhões de euros serão financiados por outra instituição financeira a oito anos, para que a câmara possa pagar aos credores.Paulo Caldas (PS) disse ainda que o encaixe financeiro extraordinário da concessão municipal das águas (nove milhões de euros nos primeiros quatro anos de contrato) vai permitir fazer o pagamento directo de cerca de 5,5 milhões de euros, ficando assim toda a dívida do município, estimada em 13,1 milhões de euros, consolidada em termos financeiros.Os pagamentos de pequenos montantes serão efectuados directamente. O endividamento bancário do município assenta em empréstimos de médio e longo prazo, a menos de dez anos, enquanto os acordos de regularização de dívida terão três, cinco e oito anos de prazo de pagamento.Sem escamotear responsabilidades no crescimento da dívida, Paulo Caldas sustenta que para a escalada até 13 milhões de euros muito contribuíram duas questões: o aproveitamento das candidaturas com apoio comunitário e sem garantias da Administração Central. “Mas também o facto de, desde 2002, as câmaras municipais terem sido impedidas de recorrer ao crédito de médio e longo prazo para investimentos estruturantes. Não tivemos empréstimos a 15 e 20 anos. O dinheiro da concessão das águas vem dar algum alento para pagamento de dívida e de novos investimentos”, salienta o edil do Cartaxo, lembrando que a comparticipação comunitária para projectos iniciados ou candidatos em 2010 subiu de 55 por cento para 80 por cento. Anuncia ainda que um terço do valor dos protocolos de 2009 com as colectividades será pago rapidamente, e que também será pago na íntegra o protocolo de 2010, em Setembro.