A tradição já se cumpre há 4 anos, mas desta vez os atletas do Grupo Desportivo dos Bombeiros Voluntários de Alverca resolveram fazer num só dia a corrida de 112 quilómetros que une Alverca ao Santuário deFátima. José Neto, José Pajinha e José Valentim cumpriram o objectivo, com apenas doze paragens durante o percurso. O desafio surgiu há quatro anos, quando os atletas veteranos do grupo Desportivo dos Bombeiros Voluntários de Alverca decidiram fazer a peregrinação a Fátima, mas a correr. Nessa altura o percurso ainda era feito em dois ou três dias, mas este ano a fasquia aumentou e José Neto, José Pajinha e José Valentim decidiram fazer os 112 quilómetros que ligam Alverca a Fátima em apenas um dia. A preparação para esta prova foi feita ao longo de todo o ano,juntamente com a preparação da época desportiva, com treinos diários de duas a três horas. Os maratonistas alverquenses optaram por fazer a maior parte do percurso de noite, e partiram do quartel dos BombeirosVoluntários de Alverca à 1h00 de sábado, dia 8 de Maio. “Tivemos sorte porque esteve uma noite espectacular, sem vento e sem frio, ao contrário do que aconteceu depois com a parte diurna onde já esteve muito vento e muita chuva”, refere José Pajinha, de 49 anos. As principais dificuldades foram o frio e a chuva, as mudanças de temperatura Atletas dos Bombeiros de Alverca correram até Fátima num só dia José Neto, José Pajinha e José Valentim fizeram “peregrinação” de 112 Km repentinas e principalmente as enormes subidas que o trajecto apresenta. “Em Minde, o chamado Covão do Coelho é doloroso. Em Alcanena também temos uma subida bastante agressiva. É preciso dosear o esforço porque são muitos quilómetros. Eu costumo dizer que corremos metade com a cabeça e metade com as pernas”, diz com orgulho. Ao longo do percurso os atletas fizeram doze paragens, durante dez minutos, para trocar de roupa e pôr cremes. A alimentação foi à base de geleias, barras e bebidas energéticas. “Tivémos um grande apoio familiar, que nos deu uma grande força para enfrentar esta prova. Também os elementos do grupo desportivo e do corpo de bombeiros mostraram grande solidariedade, com uma viatura de apoio que foi importantíssima, e também o nosso colega, o Quirino Neto, que foi operado a um joelho e não pode ir a correr mas que nos acompanhou de bicicleta ao longo do percurso”, sublinha. José Pajinha e José Neto chegaram a Fátima às 18h15. José Valentim chegou duas horas depois. “Conseguimos cumprir o objectivo e agora é altura de meditar. No futuro, para elevar a fasquia só se fizermos o percurso em menos tempo”, diz divertido José Pajinha, com um sorriso.