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Pedidas explicações à maioria socialista pelo fracasso do projecto Ofelia em Abrantes

Presidente da câmara reconhece que desistência do investidor defraudou expectativas
Os vereadores do PSD na Câmara de Abrantes consideram que a presidente da autarquia, Maria do Céu Albuquerque (PS), devia dar uma explicação aos munícipes sobre o fracasso do projecto Ofélia – um investimento privado na área da saúde anunciado pela câmara no anterior mandato e que nunca chegou a arrancar.A Unidade de Saúde e Bem-Estar/Complexo Médico-Social “Ofélia Club” foi anunciada publicamente com pompa e circunstância pela Câmara de Abrantes no edifício Pirâmide a 30 de Setembro de 2008. Na altura falava-se de um investimento previsto de 60 milhões de euros que iria criar 500 novos postos de trabalho, dinamizado pelo grupo “Portanice Investimentos Imobiliários Lda.”, empresa do Grupo Existence. Agora, os vereadores do PSD Santana-Maia Leonardo e António Belém Coelho dizem que “a partir do momento em que a autarquia tomou esse investimentos como bandeira política, à semelhança do que tem feito com tantos outros investimentos privados (…) ficou umbilicalmente ligado a ele, para o bem e para o mal”. E acrescentam, em declaração feita na última reunião do executivo: “Quem quer receber os louros políticos pelo sucesso dos investimentos privados, também tem de dar a cara pelo seu fracasso”.Recorde-se que a operação de loteamento foi autorizada pelo município após ter sido sujeito a um período de consulta pública mas a obra, que estava prevista para arrancar em Novembro de 2008, não saiu do projecto de arquitectura. O mega-projecto anunciado estava vocacionado para acolher idosos, nomeadamente do norte da Europa, funcionando como residência assistida, disponibilizando também valências para o público nacional.A presidente da Câmara de Abrantes reconhece que o desfecho defraudou as expectativas criadas. “A autarquia fez tudo o que podia para viabilizar o Ofélia, para que o promotor do loteamento e o investidor pudessem encontrar aqui as melhores condições para se instalarem, nomeadamente cedendo os terrenos necessários para a criação de espaços verdes e equipamentos públicos colectivos”, referiu Maria do Céu Albuquerque. “O que é certo”, acrescentou a autarca, “é que já lá vão três anos e o negócio não foi concretizado nem nunca mais fui contactada pelo responsável pelo grupo que afirmava querer aqui investir”.O projecto anunciado para a encosta norte da cidade seria composto por um edifício central e mais 11 edifícios satélite, com 1560 camas, berçário, piscinas e restaurantes, que prestariam serviços diversificados na área dos cuidados continuados.

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