Algumas associações e colectividades da cidade de Alverca, que actualmente não têm sede própria, sobretudo os grupos corais e os ranchos folclóricos, vão passar a utilizar o auditório municipal existente no Centro Comercial Scala, em pleno coração da cidade.Criado com o propósito de oferecer actividades culturais descentralizadas no concelho, o auditório foi encerrado nos últimos anos pela Inspecção Geral das Actividades Culturais (IGAC) por falta de condições. A informação foi avançada pela presidente do município, Maria da Luz Rosinha, durante a última reunião pública do executivo da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira.“Aquele espaço não tem qualidade para receber actividades culturais nem vale a pena investir dinheiro na sua adaptação. Está em fase final de preparação um protocolo com a Junta de Freguesia de Alverca, que virá futuramente a reunião de câmara, no sentido de oferecer a várias associações da freguesia, que hoje não têm uma sede própria, um espaço para desenvolverem com melhor qualidade as suas actividades”, referiu a edil.Alguns populares lamentam que o auditório do Scala esteja “ao abandono” e “esquecido” no centro da cidade. “Gostava de ver regressar os velhos tempos em que se exibia filmes neste auditório. Não há ninguém em Alverca que não se lembre do Scala. Era um auditório modesto que podia ser reaproveitado porque fica num sítio nobre da cidade e era agradável vir passear ao centro comercial e depois ir ver um espectáculo. Hoje em dia quando temos de ir ver uma actividade a um auditório temos sempre de nos deslocar para longe, sobretudo se for no Bom Sucesso”, defende Alberto Pires, morador.Para Fernanda Martins, alverquense, a ideia de transformar o auditório do Scala em sede de associações é uma boa ideia. “Acho que aquele espaço fechado não interessa a ninguém e como sede de grupos corais e ranchos é optimo”, defende. O assunto foi levantado na última reunião de câmara pelos vereadores comunistas, que expressaram o seu desejo de ver o espaço ser utilizado novamente, ainda que “ao abrigo da apertada legislação o espaço mostre algumas dificuldades técnicas de difícil resolução”, admitiu Nuno Libório.