uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante

Haja alegria que tristezas não pagam dívidas

Festa é festa e nos tempos difíceis a necessidade de uma boa festa é ainda mais que noutras alturas. Para tristezas já bastam as que nos são impostas pelas medidas de austeridade.

“Nestes dias não pensamos na crise”Rui Jesus, 34 anos, operador fabril, Vila Nova da BarquinhaRui Jesus costuma ir às festas de Vila Nova da Barquinha e gosta muito de apreciar o espectáculo de fogo-de-artifício. Considera que o cartaz deste ano é diferente e por isso está curioso com o que vai ver. Na sua opinião, a crise não justifica que não se realizem as festas. “Pelo contrário, ao menos nestes dias não pensamos na crise”, refere. Em relação à vila é com agrado que vê aumentar a oferta habitacional o que pode vir a atrair a fixação de jovens casais no concelho. Gostava, no entanto, que houvesse mais desenvolvimento em termos de oferta comercial na vila “para que não fosse tão parada”, uma vez que só o parque ribeirinho anima o ambiente.“A vila enche-se de gente simpática por estes dias”Flávio Queirós, 45 anos, fotógrafo freelancer, Praia do RibatejoA crise não deve ser impedimento à realização das festas, considera Flávio Queirós. “Já é uma tradição de anos e por isso, com menos ou mais dinheiro, devem ser mantidas”, aponta o morador da Praia do Ribatejo. Gosta da animação que a vila ganha por estes dias “enchendo-se de pessoas simpáticas”. O Parque Ribeirinho foi um bom investimento da autarquia, atraindo muita gente ao fim-de-semana mas considera que falta no dia-a-dia gente mais jovem nas ruas da Barquinha. “Se houvesse mais oferta de emprego, a rapaziada nova já não fugia para outros lados”, atesta.“Fecho o café mais cedo para ir às festas”Célio Antunes, 33 anos, empresário de restauração, Vila Nova da BarquinhaCélio Antunes considera que por enquanto, e apesar dos tempos serem de crise, as festas da Barquinha devem realizar-se uma vez que se nota uma maior movimentação de pessoas o que contribuiu para a dinamização do comércio local. Proprietário do café Alto da Fonte, confessa que não resiste a fechar o café mais cedo para poder ir às festas. O empresário considera que a renovação do parque escolar, actualmente em curso, vai ajudar a expandir o concelho e chamar mais pessoas a Vila Nova da Barquinha. Considera que devia existir mais indústria nesta zona para serem gerados mais empregos e refere que o Parque Ribeirinho é uma das atracções principais da vila.“As festas são positivas para o concelho e de bastante interesse para a região”António Constantino, 65 anos, presidente da Junta de Freguesia de Vila Nova da BarquinhaPara o presidente da junta de freguesia de Vila Nova da Barquinha, António Constantino, as festas devem realizar-se mesmo em tempo de crise, indicando que é a câmara municipal que determina o orçamento das mesmas. “As festas são positivas para o concelho e de bastante interesse para a região”, atesta o autarca que considera que a Barquinha tem excelentes condições para acolher os espectáculos anunciados. António Constantino considera que o Parque Ribeirinho foi um grande investimento e, por este motivo, tem que ser rentabilizado e aproveitado para a realização de um maior conjunto diversificado de actividades, dinamizando não só o espaço verde como o comércio local. “A junta vai participar com um stand na festa onde, este ano, vão ser promovidos os seis restaurantes da freguesia, no sentido de divulgar a oferta gastronómica”, anuncia. Por norma, vai sempre às festas e assiste a todos os espectáculos que pode. “Este ano o cartaz é bastante atractivo e sai do âmbito do que é normal na região. Vai ser uma animação total e constante nas ruas da vila”, garante.“São festas diferentes das habituais”Tiago Fernandes, 31 anos, Director financeiro Batadec, Torres NovasApesar de morar em Torres Novas, Tiago Fernandes conhece as festas de Vila Nova da Barquinha que considera “diferentes” das que habitualmente se organizam em outros concelhos. “É uma forma diferente de abordar as festas tradicionais, nas quais se convida o artista ou banda musical e que também pode atrair outro tipo de público”, refere embora considere que quem se desloca a estas festas fá-lo mais pelo convívio. A crise não deve ser desculpa para que se deixem de realizar festas, muitas vezes evocativas da data da fundação da cidade ou do concelho, embora quem as promova tenha que praticar uma gestão mais cuidada das festas. Ocasionalmente, costuma ir ao Parque Ribeirinho que considera que contribuiu para o desenvolvimento da vila, cativando visitantes dos concelhos vizinhos. “O cartaz das festas deste ano é muito atractivo”Anabela Marques, 40 anos, comerciante pronto-a-vestir, Moita do NorteAnabela Marques gosta muito das festas de Vila Nova da Barquinha que, apesar dos tempos anunciados de crise, se devem sempre realizar. “Se não for com mais artistas, com menos artistas”, opina. Acha o cartaz deste ano muito atractivo e está muito curiosa com o espectáculo de teatro voador e da orquestra com fogo-de-artifício. “Fui o ano passado e as festas foram óptimas”, sublinhou. Considera que o jardim do Parque Ribeirinho deve ser mais aproveitado nomeadamente com a realização de outras iniciativas ao longo do ano e deixa um conselho ecológico à organização: que sejam fornecidos mais contentores para a separação de lixo que, neste ocasião, é produzido em maior volume.

Mais Notícias

    A carregar...