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Mouchão do Lombo pode ser primeira ilha do estuário do Tejo a receber turismo de natureza

Mouchão do Lombo pode ser primeira ilha do estuário do Tejo a receber turismo de natureza

Promotores, autarcas e organismos públicos assinaram protocolo
O Mouchão do Lombo pode ser a primeira ilha do estuário do rio Tejo a receber turismo de natureza, de acordo com um protocolo assinado terça-feira, 6 de Julho, entre promotores, autarcas e organismos públicos.O protocolo visa a criação de um grupo de trabalho que vai procurar acelerar o aproveitamento do potencial da Reserva Natural do Estuário do Tejo. Até 30 de Outubro este grupo, coordenado pelo Instituto da Conservação da Natureza e Biodiversidade, vai avaliar desde investimentos necessários até públicos-alvo para perceber o verdadeiro potencial de uma zona com mais de 114 mil hectares.Rita Varela é a dona do Mouchão do Lombo, com mais de 900 hectares, e para já é apenas a sua família que aproveita aos fins-de-semana o espaço, onde cria 500 cabeças de gado “quase biológico” e faz experiências para plantar arroz biológico.Num mouchão, que parece ter pertencido à realeza portuguesa, foram sempre os privados que mandaram, mas nem sempre da melhor forma.Depois da primeira intenção de fazer daquele local refúgio da família, ao comprar a ilha em 1998, a família pensou projectar um espaço turístico, onde se chega apenas de barco e “se está sempre ao lado do rio e não há poluição”.Diques e comportas recuperadas foram alguns dos trabalhos que tiveram de ser feitos para que a própria ilha não desaparecesse, seguindo-se a reconstrução de casas já existentes. Agora Rita e a família esperam orientações de como poderão passar do sonho à realidade.A bordo do barco tradicional de Vila Franca de Xira, o Varino “liberdade”, a autarca local, Maria da Luz Rosinha, deu algumas pistas, considerando que o aproveitamento do estuário é uma “oportunidade para toda a região de Lisboa”, assim como para todo o país.“É fundamental dar a conhecer um potencial, como o rio Tejo, e desenvolver uma estratégia que nos permita aproveitá-lo, preservando-o”, afirmou.Para a sua ‘zona’ já estão iniciativas delineadas como o aproveitamento dos mouchões, a entrada em funcionamento do EVOA – espaço de observação de aves -, e ainda somando nomeadamente a gastronomia.António Costa, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, confessou ser um estreante neste percurso, mas aproveitou para falar dos benefícios da capital, rodeada por três áreas protegidas.Embora este “tesouro natural tão precioso” não pertença à cidade, o autarca lembrou que é a capital o grande centro populacional e um destino turístico por excelência, que, assim, com o aproveitamento da reserva poderá diversificar a oferta.O Secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa, lembrou que para esta zona há dois assuntos “que já não são problema para se progredir”.“O plano de ordenamento está aprovado e mostra como se pode conviver entre as reservas integral e com as áreas onde é para as pessoas irem; e o problema de atitude”, adiantou.Sobre este último, o governante referiu que Instituto de Conservação, autarquias e Governo estão todos a “puxar para o mesmo lado”. Depois de ter sido dado este “primeiro passo”, que é divulgar, falta agora capacidade empreendedora, com benefícios para a “preservação da natureza”, concluiu. Mesmo sendo o barco o meio de transporte de Rita, esta garante que nunca se sentirá uma veneziana, porque afinal estará sempre no “campo”.
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