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Vai uma rifinha?

Vai uma rifinha?

São perto de dez da noite de sábado e já é grande o movimento na quermesse das Festas de Marinhais em Honra de São Miguel Arcanjo. É a seguir ao jantar que se dá a invasão de gente ao recinto de festas e os cerca de 50 metros de frente da quermesse são uma tentação. Com rifas a cinco cêntimos não custa nada tentar a sorte. E se não sai sempre, sai quase sempre. São cerca de cinco mil os prémios numerados e colocados na estante e em prateleiras montadas atrás do balcão. Bebidas, pratos, camisas, louças em porcelana, abre-latas, um sem número de objectos. O melhor prémio é uma bicicleta.Os prémios são oferecidos pela população e comprados pela comissão de festas para ajudar a pagar as despesas dos festejos e deixar alguma receita para o ano que vem.Dez elementos da comissão de festas vestem camisolas laranja, que os identificam. Andam para a frente e para trás com cestinhos de rifas e trocos.Rui Marques, de Marinhais, é um dos que dá o litro na quermesse, no ano em que se estreia na comissão. “Gosto de aqui estar porque se ajuda a fazer obra e a angariar receita”, conta, enquanto vai recebendo mais uma moeda para trocar por rifas, rotina que faz quase de memória.As pessoas dão em média um euro para se habilitarem. Mas também há sacos de dez euros com oito prémios garantidos. Marina Roque, nascida na terra, também se estreia a ajudar a comissão nas festas. E já viu que há jogadores de ideias fixas. “Já passou aqui uma pessoa que meteu na cabeça que havia de levar para casa uma garrafa de uma bebida. Gastou dez, vinte, trinta euros em rifas e não conseguiu. Mas diz que vai continua a tentar”, revela.Marina confessa que ajudar na quermesse é uma actividade bonita, apesar de cansativa, por se andar constantemente de um lado para outro. Interrompe a conversa, recebe mais uma rifa premiada, descalça os chinelos e começa a subir pelos degraus apinhados de objectos com a destreza de uma equilibrista de circo. Abílio Costa chega com a esposa e a filha. A menina recebeu cinco euros e quer tentar a sorte. O pai diz que vão à quermesse comprar rifas sem pensar nos prémios. “Queremos sobretudo ajudar a festa”.Ricardo Carreira
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