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Cruz Vermelha de Aveiras de Cima estaciona oito viaturas na rua

Cruz Vermelha de Aveiras de Cima estaciona oito viaturas na rua

Terreno que funcionava como parque de estacionamento foi devolvido a privado

A Cruz Vermelha de Aveiras de Cima, concelho de Azambuja, vai passar a ter oito das 15 viaturas estacionadas em plena rua. O terreno emprestado por um particular, que funcionava como parque de estacionamento, teve que ser devolvido. O terreno para a construção de uma nova casa está prometido há nove anos.

Oito das 15 viaturas da Cruz Vermelha de Aveiras de Cima, concelho de Azambuja, ficam estacionadas na rua por falta de espaço no interior das instalações da instituição. A situação agravou-se porque um terreno emprestado, que funcionava como local de estacionamento, nas imediações da sede, teve que ser devolvido no dia 31 de Julho.Os restantes sete veículos são arrumados na apertada sede da cruz vermelha. As garagens ficam frente à estrada nacional 366, uma via movimentada, o que também coloca problemas aos operacionais. Sempre que há um serviço de emergência é preciso accionar o semáforo vermelho a partir da central. “E isto funciona quando os condutores respeitam as regras”, garante o comandante da Cruz Vermelha de Aveiras de Cima, José Torres.Dois jipes de coordenação e comunicação e transportes de equipas especializadas ficam nas traseiras da sede. Duas ambulâncias ocupam um parque de estacionamento à entrada da vila e outros três veículos ficam espalhados pela rua. Um jipe de logística estaciona numa garagem privada. “Estamos expostos à mão do alheio. Há uns tempos roubaram gasóleo de um jipe”, ilustra o comandante.Uma viatura e um atrelado estão ainda numa quinta privada a seis quilómetros da unidade. É o suporte de transporte da tenda insuflável que funciona como PMA (Posto Médico Avançado) e que foi requerido pelo Inem (Instituto Nacional de Emergência Médica) aquando do acidente na A1 com um autocarro em Junho de 2009 que envolveu multivítimas. O investimento ronda os 46 mil euros. “Se somos confrontados com uma situação grave temos que percorrer seis quilómetros, vir carregá-la (não podemos ter o material à chuva) e só depois podemos avançar”, esclarece o comandante.Na edição de 18 de Abril de 2007 O MIRANTE alertava já para a exiguidade do espaço que estava a colocar em causa a operacionalidade de voluntários e profissionais. Na altura a delegação tinha dez viaturas. Três ficavam estacionadas na rua. “Actualmente temos 15 veículos e as infra-estruturas são as mesmas”, enfatiza o comandante. A unidade comemorou a 1 de Maio o 25º aniversário, mas sem o vislumbrar da nova sede. “Todos os anos nos dizem que teremos o terreno até final do ano”, critica o comandante. “Até parece que esta unidade não tem feito um excelente trabalho em prol da população do concelho na área da protecção civil. Não estamos a ver esse reconhecimento”, remata.TERRENO PROMETIDO HÁ NOVE ANOSHá nove anos que a Câmara Municipal de Azambuja prometeu um terreno para a nova casa da Cruz Vermelha de Aveiras de Cima. No mesmo local será construído o quartel da GNR de Aveiras de Cima. O vice-presidente da Câmara Municipal de Azambuja, Luís de Sousa, diz que a autarquia continua a aguardar que o terreno em causa – que pertence a uma Augi (Área Urbana de Génese Ilegal) - passe para a posse da câmara. “Agora o avanço do processo não depende de nós”, diz o autarca que já aconselhou a cruz vermelha a ir avançando com o projecto para ganhar tempo. O presidente da direcção do núcleo da Cruz Vermelha de Aveiras de Cima, Humberto Gomes, garante que só avançarão para o projecto quando tiverem a garantia do terreno. A falta de espaço condiciona não só a operacionalidade como limita os projectos na área de emergência e na área social. A delegação não consegue arrumar os kits para acudir a população em caso de catástrofe. A formação já é feita dentro das paredes da delegação, mas existe ainda o sonho de criar uma academia sénior (universidade da terceira idade).A Cruz Vermelha de Aveiras de Cima funciona com 92 socorristas voluntários, 12 dos quais são profissionais. Além de prestar socorro em acidentes rodoviários e de garantir serviços de urgência também efectua o transporte de doentes. Funciona como posto de reserva do Inem e é uma das unidades de socorro mais faladas na Universidade de Medicina de Lisboa pelo sucesso das reanimações cardio-pulmonares. “Saímos rápido e agimos bem. Se for preciso desfibrilhamos”, resume José Torres.
Cruz Vermelha de Aveiras de Cima estaciona oito viaturas na rua

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