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Ideias do povo para um concelho melhor

Vivem em Alpiarça e vivem Alpiarça. E têm ideias sobre o que poderia ser feito para melhorar a terra onde vivem. A Alpiagra é uma oportunidade de trocarem umas ideias sobre assuntos que são de cada um e são de todos. De preferência à volta de um bom petisco e de um bom vinho da região.

Rita Monteiro, 30 anos, Empresária, Almeirim“Não perco as picarias”As picarias realizadas durante a Feira da Alpiagra é o que Rita Monteiro faz questão de não perder, embora também goste de visitar todos os pavilhões. A jovem empresária defende que os governantes de Alpiarça deviam apostar mais na “divulgação da história de Alpiarça. Porque não dar a descobrir os achados arqueológicos encontrados em Alpiarça e dar também a conhecer o Cavalo do Sorraia? Temos uma pista enorme de atrelagem que não é utilizada”, sugere.Rita Monteiro não visita a Casa-Museu dos Patudos há cerca de dois anos. Mas confessa ter ficado deslumbrada aquando da primeira visita. “O que me despertou mais a atenção foi toda a arquitectura e os azulejos que embelezam toda a casa. É um local que respira história, é muito bonita”, refere.Sérgio Sarabando, 35 anos, Empregado de Escritório, Alpiarça“Gosto de ver as novidades e rever os amigos”Apesar de viver em Alpiarça, Sérgio Sarabando confessa que só visitou a Casa-Museu dos Patudos duas vezes, a última das quais há cerca de dois anos. É a riqueza e beleza da casa, decorada ao pormenor que lhe chamou mais atenção durante as visitas. “Conseguimos perceber como era a vida, nos meios mais abonados, no início do século XX em Portugal.O empregado de escritório não falha uma edição da Alpiagra aproveitando para jantar no recinto da feira. “Gosto de ver as novidades e rever os amigos”. Confessa que gostava de assistir ao concerto do músico português, Vitorino. Sérgio defende que Alpiarça se tem desenvolvido nos últimos anos, mas que o município podia apostar um pouco mais na zona da barragem dos Patudos para atrair as pessoas.Regina Caetano, 49 anos, Empresária Restauração, Almeirim“Alpiarça tem um património cultural vasto que não está bem explorado”Regina Caetano nasceu em Almeirim, mas reside em Alpiarça há seis anos. A empresária lamenta que os responsáveis locais não divulguem o concelho onde vive como merece. “Alpiarça tem um potencial de desenvolvimento enorme e um património cultural vasto que não está bem explorado”, diz. Regina Cardoso gosta de visitar a Alpiagra todos os anos e sugere que se junte o Festival do Melão à Feira Agrícola. “O Festival do Melão seria um peso pesado para juntar à feira mais conhecida do concelho de Alpiarça. A última vez que a empresária visitou a Casa-Museu dos Patudos foi há cerca de quatro anos. “É um espaço digno de ser visto, é sumptuoso. Aquela casa respira cultura e é conhecida a nível nacional e mundial uma vez que José Relvas foi um homem importante para o país”, explica.Madalena Freilão, 49 anos, Técnica de Óptica, Alpiarça“O mais importante da festa é o convívio com as pessoas”Apesar de viver em Alpiarça, Madalena Freilão confessa que visitou a Casa-Museu dos Patudos apenas uma vez. “Em criança”, diz. Que memórias guarda dessa visita? “Um grande quadro com a figura de José Relvas em que olhamos de todos os ângulos e parece que ele nos segue com o olhar”, afirma. A técnica de óptica lamenta que o Cine-teatro da vila tenha sido vendido e fechado. “Dói-me o coração de pensar nisso. Os primeiros filmes que vi foi nesse cinema. Era um espaço importante para animação da terra e faz muita falta”, considera.Madalena Freilão pretende visitar a Alpiagra este ano, mas confessa que tem dificuldade em conseguir visitar todos os espaços. “Costumo dizer que não consigo ver tudo porque converso com toda a gente que encontro. Quando quero ir ver as coisas já fecharam. Mas o mais importante da festa é o convívio com as pessoas”, reflecte. Daniel Coelho, 33 anos, Empresário, Alpiarça“Mais vale termos pouco mas continuarmos a ter do que não ter nada”Quando era adolescente Daniel Coelho não perdia uma noite da Alpiagra. Agora, com 33 anos, e um filho, tenta ir quase todos os dias, mas o trabalho nem sempre o permite. O empresário considera que o cartaz da festa é bom tendo em conta “as dificuldades” que a câmara passa. “Nos tempos que correm não podemos pedir muito. Mais vale termos pouco, mas continuarmos a ter do que não ter nada. Além disso, as pessoas não ligam aos nomes sonantes, vão à festa pelas pessoas”, afirma.Daniel Coelho defende que Alpiarça tem desenvolvido nos últimos anos e tem boas infra-estruturas para a população usufruir. “O Centro de Saúde podia ser melhor e podíamos ter um espaço cultural que atraíssem as pessoas e as fizesse sair de casa”, diz. Em relação à Casa-Museu dos Patudos, o empresário confessa que já não visita o espaço há cerca de dez anos. “Gostei muito de conhecer a história de vida e a pessoa que foi José Relvas e o que ele deu a Alpiarça e ao país”, considera, lamentando não ir lá mais vezes.João Teodoro, 57 anos, Agente Funerário, Alpiarça“O cartaz pode não ser o melhor mas todos sabemos que a autarquia atravessa dificuldades”João Teodoro não perde um dia da Alpiagra, aproveitando para rever os amigos. O agente funerário gosta de petiscar e provar as iguarias e vinhos da região. “O cartaz pode não ser o melhor, mas todos sabemos que a autarquia atravessa dificuldades e não pode gastar dinheiro. As pessoas não vão à Alpiagra por causa dos artistas”, afirma.O empresário considera que já devia ter sido feita uma remodelação nas habitações degradadas que se encontram na vila. Além disso, também defende mais limpeza na via pública. “As pessoas têm que ter consciência que não devem sujar o espaço público”, diz.João Teodoro é frequentador habitual da Casa-Museu dos Patudos. Mais do que a beleza do espaço, João Teodoro admira o facto da Casa estar sempre “impecavelmente” limpa. “É preciso muito empenho para ter aquele espaço, imponente, sempre a funcionar. É o maior cartão de visita de Alpiarça”, considera.

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