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Cercipóvoa não tem professores para 21 crianças

Instituição precisa de mais dois docentes senão o ano lectivo está em risco

Familiares vão avançar com um abaixo-assinado a pedir os professores em falta. Instituição avisa que, se num prazo de um mês não tiver mais dois professores, está em risco a continuidade do ano lectivo.Jorge Afonso da Silva

A falta de professores está a pôr em risco o ano lectivo na Cercipóvoa que recebe alunos com necessidades educativas especiais e 21 crianças podem ficar sem aulas. Segundo confirmou a O MIRANTE a direcção da instituição sem fins lucrativos, na freguesia da Póvoa de Santa Iria, concelho de Vila Franca de Xira. No passado, a colocação de professores na instituição era da responsabilidade do Ministério da Educação através da Direcção Regional de Educação de Lisboa e Vale do Tejo (DRELVT). Actualmente é a Cercipóvoa que tem de procurar professores disponíveis para depois enviar os seus nomes para a DRELVT.“Temos de andar a bater porta a porta a perguntar aos professores se querem ir para a Cercipóvoa. Uma coisa ridícula. A grande maioria dos professores, ou porque já têm vínculos ou por outras razões, acabam por não aceitar. Essa responsabilidade não deveria ser nossa”, defende Luís Carlos, director-geral da instituição. E conta que já no ano lectivo anterior a instituição teve apenas um professor quando deveria ter tido cinco. Uma situação que obrigou a fazer muitos sacrifícios e a comprometer a qualidade do trabalho desenvolvido pela Cercipóvoa. “Com uns utentes destes, com grande dependência e menos quatro professores foi muito difícil e complicado”, revela o director-geral.De acordo com a lei, por cada cinco alunos dependentes deve haver um professor. Para o presente ano lectivo a instituição necessita de quatro professores. Neste momento só tem dois. Perante o cenário de a instituição ter de trabalhar mais um ano com menos recursos humanos, os responsáveis tiveram de tomar uma decisão, que já foi transmitida aos familiares numa reunião que decorreu na segunda-feira, 6 de Agosto e à direcção regional de educação. “Começámos o ano lectivo na terça-feira. Demos um prazo de um mês para ver se conseguimos ter esses quatro professores na instituição. Depois disso vamos fazer um ponto da situação. Se nada mudar, não vamos continuar com o ano lectivo. Os pais dos utentes vão avançar com um abaixo-assinado para entregar à DRELVT a pedirem professores”, assegura Luís Carlos, esperançado que a entidade faça chegar os professores em falta à instituição.

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