Dois colaboradores portugueses da empresa Electrotejo, sedeada em Almeirim, que tem uma unidade industrial nos arredores de Maputo, foram no dia 1 de Setembro resgatados do armazém da empresa por um carro blindado uma vez que corriam riscos devido aos confrontos de rua registados nesse dia.Segundo um empresário que estava retido num hotel da cidade, a situação estava muito tensa nas ruas da capital e com a greve dos transportes pararam todas as actividades “como se o país estivesse a viver uma greve geral”, salientou.Em conversa com um empresário que tem uma rede de lojas na cidade, a ordem é para fechar mesmo que a greve seja de transportes. “Se os transportes fazem greve, as outras empresas ficam sem trabalhadores, pois a lógica local é um por todos e todos por um”, disse.Os confrontos em Maputo afectaram o trabalho dos empresários ribatejanos que se deslocaram àquele país em missão empresarial que começou a 28 de Agosto e decorreu até 6 de Setembro. Um dos casos mais complicados aconteceu com o empresário de Santarém Zito Ferreira, que tem uma unidade industrial em Maputo, e que esteve retido na sua empresa durante cerca de 24 horas até encontrar soluções que lhe permitiram viajar para um local seguro da cidade.O empresário de Santarém viu-se em apuros na empresa logo que começaram os desacatos. Disse a O MIRANTE que tudo podia ter sido pior se não fosse a colaboração do Cônsul de Portugal e do director geral da Associação Nacional das Empresas Metalúrgicas e Electromecânica. Segundo informações de fonte da NERSANT, a comitiva de empresários ribatejanos passou o dia 1 de Setembro no hotel observando os acontecimentos da janela. Mas no dia seguinte alguns empresários já cumpriram com uma parte das suas agendas. Para sábado estava prevista a primeira visita à FACIM - Feira Internacional de Maputo – que se realizou de 30 de Agosto a 5 de Setembro.