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Modelo da Feira do Milho elogiado por profissionais do sector

Modelo da Feira do Milho elogiado por profissionais do sector

Segunda edição teve mais visitantes e continua a apostar em demonstrações ao vivo

A Feira do Milho que se realizou pelo segundo ano em Valada, Cartaxo, não tem animação musical nem espectáculos e a aposta numa vertente profissional virada exclusivamente para os agricultores está ganha e é para continuar.

O modelo em que decorre a Feira do Milho, que este ano se estendeu também a outras culturas como o tomate, com demonstrações ao vivo, veio para ficar. Esta é a convicção de Pedro Torres, o organizador do certame que se realizou pela primeira vez no ano passado em Valada do Ribatejo, concelho do Cartaxo. Nesta segunda edição, que decorreu nos dias 8 e 9 de Setembro, a feira recebeu só no primeiro dia sete mil visitantes, o número que teve em 2009 durante dois dias. Para Pedro Torres desde o início que havia “a convicção que este modelo era um vazio nos eventos nacionais. Não tínhamos dúvidas que a feira ia interessar às pessoas”. O responsável pela organização recorda que se optou por fazer o certame durante a semana, apesar de ser uma decisão polémica, justificando que “esta é uma feira virada para os profissionais da agricultura. Uma feira para ajudar o sector e mostrar a capacidade que a agricultura tem na economia deste país”. Sobre o facto desta feira, onde o agricultor pode ver máquinas a trabalhar no cultivo e colheita, ser diferente das outras que se organizam na região e no país, Pedro Torres realça que o certame “não veio para prejudicar os outros”, sublinhando que “”esta feira está para fazer não está para concorrer”. A feira que decorre num campo de cultivo é elogiada por vários profissionais do sector. O empresário João Amaral Netto, da Cobin, que tem um projecto de produção de biocombustíveis na Chamusca, considera que o conceito da feira “é fabuloso”. “Esta é uma feira de trabalho e tenho a noção que teve um crescimento de 50 por cento em relação ao ano passado”. Acrescenta que quem vai à feira é quem está interessado no sector porque este não é um certame “do autocolante e da esferográfica”. O cariz profissional da feira é destacado por Mário Antunes, da Agrotejo. “Por um lado mostra o potencial agrícola do país e da região e por outro é um ponto de encontro dos agentes do mundo rural, que faz falta ao sector”. E destaca que foi um bom evento que apareceu na região. O ex-ministro da Agricultura, Gomes da Silva, que visitou o recinto pela primeira vez este ano, disse a O MIRANTE que “sem dúvidas que gostava de ter uma feira destas no tempo em que era ministro”. E sublinha que sem “qualquer desprimor” para outros certames de agricultura, a Feira do Milho “é diferente e tem uma forma diferente de apresentar as questões agrícolas”.
Modelo da Feira do Milho elogiado por profissionais do sector

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