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À pesca no Sorraia

À pesca no Sorraia

Quinta-feira, cerca das 17h30. O sol aberto paira sobre Coruche no início de Setembro. Nada que preocupe Francisco Ramos e Vasco Carneiro. O avô, de 65 anos, e neto, de oito anos, aproveitam uma pequena língua de areia para montar o “estaminé” para a pescaria. Quando a reportagem dá com ambos, uma carpa com boas 400 gramas acaba de morder o anzol e entortar a cana de pesca de Francisco Ramos. “Esta é boa”, comenta o pescador, perante a satisfação do neto, que na manga de rede deitada dentro de água tem mais dois exemplares da mesma espécie, versões mais reduzidas. “Já aqui apanhei um barbo com quilo e meio”, garante o jovem pescador. Na água, apanham-se ainda espécies como pimpões, barbos e outras.Com as férias escolares a chegarem ao fim, é uma das últimas oportunidades para Vasco não ficar em casa só a “azucrinar” a avó, como diz o avô em tom de brincadeira. Foi essa a rotina de Verão, duas a três vezes por semana. A casa fica perto, na rua da Erra. A pesca é sempre à tarde. Um salgueiro de copa larga proporciona a sombra desejada durante as horas de pescaria.Três das quatro canas de pesca que levam entram em acção. Duas estão nas mãos dos pescadores. A outra assenta em cima de uma cana, que serve de suporte, espetada na areia. O asticot mexe-se dentro de um recipiente de plástico à espera que mais um anzol seja atirado para dentro de água. Não faltam os apetrechos necessários à tarde de pescaria. Uma caixa com anzóis, bóias, fios, entre outras miudezas. Enquanto pescam avô e neto, a algumas centenas de metros preparam-se os pescadores para um campeonato mundial a decorrer no Sorraia. Vasco não se importava de testar a sua habilidade junto dos melhores do mundo. O avô Francisco prefere a calmaria junto à vegetação ribeirinha. “Até vemos as fataças saltar e ouvimos os pássaros a cantar”, conta. Com sal e limão a marinar é como vão acabar as carpas pescadas. Amolece e corrói as espinhas e fica com um gostinho a escabeche. Ricardo Carreira
À pesca no Sorraia

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