Cadeados na escola da Meia Via contra falta de auxiliares que afinal existem
Alunos não tiveram aulas na terça-feira mas equívoco parece desfeito
O portão de acesso ao Centro Escolar da Meia Via, Torres Novas, apareceu fechado com correntes e cadeados na manhã de terça-feira devido à suposta falta de auxiliares de acção educativa no complexo que acolhe cerca de uma centena de crianças entre o jardim-de-infância e o 1º ciclo. Na manhã de terça-feira, os encarregados de educação encontraram a escola fechada e organizaram-se em manifestação contra a falta de segurança. O espaço acabou por ser aberto a meio da manhã com a presença da GNR, mas muitos pais já haviam levado os filhos. A informação dada aos pais é que, afinal, existem na escola quatro auxiliares e não apenas uma, como eles pensavam. À entrada do Centro Escolar da Meia Via, cerca de meia centena de pais recusaram-se a deixar os filhos entrar na escola, pedindo satisfações ao representante do agrupamento de escolas e ao presidente da Junta da Meia Via sobre o número exacto de pessoas que iam estar encarregues de vigiar os filhos. Sónia Passos, habitante da Meia Via, explicou que a informação que tinha inicialmente é que não havia auxiliares, mas “agora dizem que há quatro auxiliares aparecidas do nada”. E à hora de almoço, destacou, há apenas uma auxiliar para todos os alunos. “O recreio não é vigiado à hora do almoço, qualquer pessoa entra no portão, pega numa criança e vai-se embora”. A seu lado, Elisabete, mãe de dois filhos, explicou que a possibilidade de encerrar a escola a cadeado tinha sido discutida na reunião da noite anterior, assim como o ir falar directamente com a Câmara de Torres Novas, mas nada havia ficado decidido. O que lhes foi dito nessa reunião de início do ano lectivo é que no ano passado trabalhavam na Meia Via seis auxiliares. Este ano encerraram escolas, as crianças foram transferidas para a localidade e haveria só uma auxiliar para mais de uma centena de alunos. Para José Gil Serôdio, presidente da Junta de Freguesia da Meia Via, esta é uma situação incompreensível. “Houve a reunião do início do ano lectivo, devem ter sido ditas coisas que as pessoas ou entenderam mal ou foram mal esclarecidas e tudo isto descambou no segundo dia de aulas numa manifestação com o encerramento com cadeados de todos os portões da escola”. O autarca referiu entender a posição dos pais, mas que “devem ser apuradas responsabilidades sobre tudo o que aconteceu na Escola da Meia Via”. Até porque, juntando às auxiliares as professoras e educadoras, são cerca de uma dezena de pessoas a olhar pelas crianças no Centro Escolar.
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