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Produtores agrícolas vendem os seus artigos directamente ao consumidor

Produtores agrícolas vendem os seus artigos directamente ao consumidor

Cabazes horto-frutícolas PROVE começaram a ser comercializados em Abrantes

Projecto visa a promoção de novas formas de comercialização de circuito curto, contribuindo para o escoamento dos produtos locais e proporcionando maior proximidade entre quem produz e quem consome.

Os primeiros 32 cabazes hortofrutícolas do projecto PROVE – Promover e Vender foram entregues no dia 10 de Setembro, no antigo pavilhão dos Bombeiros Municipais de Abrantes. Na mesma altura, a Câmara Municipal de Abrantes e a Tagus - Associação para o Desenvolvimento Integrado para o Ribatejo Interior, instituição promotora do projecto, assinaram um protocolo de utilização gratuita, durante um ano, daquele espaço para elaboração e comercialização dos cabazes. Os produtores presentes leram ainda uma declaração de compromisso para com os seus clientes, em como vão oferecer o “fresco, sazonal e local”. O preço por cabaz é de 10 euros.Francisco Lopes, representante dos sete produtores envolvidos no projecto, disse a O MIRANTE que o PROVE é “uma gota de água” neste tipo de iniciativas, que mostram que “numa economia de escala, nem sempre é preciso ser grande para vingar”. “Há lugar para a pequena escala”, salientou, estabelecendo-se com o cliente uma relação de confiança, sem outros intermediários que não os próprios produtores. Para Francisco Lopes, da freguesia do Pego, Abrantes, o seu desejo é que “se possam multiplicar estas iniciativas e combater o abandono das terras”. Os cabazes vão ainda incluir, todas as semanas, uma receita, que visa aproveitar um dos produtos da época, de preferência o menos usual na culinária, referiu.Segundo Pedro Saraiva, da Tagus, existem já cerca de 40 inscritos para receber, semanal ou de forma quinzenal, os cabazes do PROVE. “Numa lógica de promoção do desenvolvimento da região, o abandono da actividade agrícola é para nós uma preocupação, pelo que esta iniciativa funciona como um incentivo”, comentou. Os produtores envolvidos foram aqueles que “achámos capacitados para entrar no processo”. “Agora vamos deixar o núcleo crescer e consolidar-se”. A presidente da Câmara de Abrantes, Maria do Céu Albuquerque (PS), louvou a medida, destacando “mais um projecto de dinamização da agricultura”. “Vamos conseguir ter os produtos à medida das características da época, no tempo certo, sem ser necessário recorrer a outras técnicas”. “Vamos estar a potenciar o nosso desenvolvimento pessoal, a saúde”, concluiu.Entre o cheiro do agrião, ervas aromáticas, dos figos ou das batatas, 32 cabazes, com cerca de sete a oito quilos e com o recheio suficiente para uma família de quatro pessoas durante uma semana, foram distribuídos pelos primeiros clientes do PROVE. Quem desejar aderir ao projecto basta ir à página electrónica (www.prove.pt), podendo indicar quais os produtos que não deseja receber. O PROVE - Promover e Vender é uma metodologia que visa a promoção de novas formas de comercialização de circuito curto, nomeadamente de produtos agrícolas, de modo a dar um contributo para o escoamento dos produtos locais e melhorar as relações de proximidade entre quem produz e quem consome. Esta metodologia está a ser desenvolvida no âmbito da Cooperação Interterritorial da abordagem LEADER, do ProDeR (Programa Nacional de Desenvolvimento Rural).Seis produtores aderentesO Centro de Recuperação e Integração de Abrantes (CRIA), a Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Abrantes (EPDRA), Fernando Almeida (Abrantes), a Horta da Aldeia – Produção Biológica (Constância), Maria Adélia Fernandes (Sardoal), Francisco Lopes (Pego) e a Quinta de São José (Sardoal) são os restantes produtores agrícolas envolvidos no projecto, que semanalmente elabora um cabaz com produtos da época, entregue directamente ao cliente. À EPDRA vai ainda competir o “acompanhamento técnico da actividade agrícola”, referiu o promotor da Tagus, Pedro Saraiva.
Produtores agrícolas vendem os seus artigos directamente ao consumidor

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