Junta do Couço pode comprar antigo poço de lote da zona industrial
Câmara de Coruche e junta estão disponíveis para o negócio
Por resolver continua o processo interposto em tribunal pela junta a reivindicar a posse do lote
A Junta de Freguesia do Couço está disponível para apresentar uma proposta de aquisição do lote 26 da zona industrial da freguesia onde está implantada a fonte da Antonica, que a junta considera ser um símbolo do abastecimento de água à vila.Depois de um processo no qual a Junta do Couço interpôs em tribunal uma providência cautelar para travar a venda do lote pela câmara a um privado que ali queria instalar uma superfície comercial, que foi recusada, prossegue uma acção principal no Tribunal Administrativo e Fiscal de Leira de reivindicação pela posse do lote pela Junta do Couço. Apesar da situação, o tempo é agora de negociação. “A 19 de Agosto falei com o presidente da câmara e disse-lhe que era nossa intenção apresentar uma proposta de compra do lote. O senhor presidente concordou que o negócio pode ser feito”, conta Luís Alberto Ferreira (CDU) a O MIRANTE. Para o autarca, a disponibilidade na compra do lote não é admissão de derrota de quem ainda reivindica a sua posse através dos tribunais. Luís Alberto Ferreira recorda que, ainda no mandato do anterior presidente da junta, Diamantino Ramalho, a junta já reclamava posse da área envolvente ao poço e que foi uma surpresa quando a câmara constituiu a zona industrial e vendeu o lote a um privado. “Se não interpuséssemos a providência cautelar, mesmo que tenha sido recusada, se calhar o proprietário acaba por não desistir como fez e a fonte podia vir a ser destruída no futuro. Em termos históricos a área do poço até é bem maior e abrange dois hectares, não apenas aquele lote”, comenta o autarca.À reunião de câmara de dia 15 chegou a informação da junta a disponibilizar-se para comprar o terreno. Para o presidente da Câmara de Coruche, Dionísio Mendes (PS), é um sinal que a junta reconhece que o lote sempre foi pertença do município. “Esta situação motivou uma guerra política, gastos de recursos com advogados e tribunais. A Junta do Couço deixou cair a bandeira mas a câmara não tem qualquer constrangimentos em vender o lote. Desde que a junta faça uma declaração formal a garantir que desistiu do processo interposto no Tribunal de Leiria”, explanou o edil. Luís Alberto Ferreira diz que só retira o processo em tribunal quando o lote estiver em nome da junta de freguesia.A necessitar de acerto está a forma como o negócio se vai processar. Dionísio Mendes falou em pôr o lote à venda através de edital com os restantes lotes disponíveis da zona industrial, enquanto Luís Alberto Ferreira pensa num negócio directo entre as partes.
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