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Populares protestam em Rio Maior contra poluição de suiniculturas

Populares protestam em Rio Maior contra poluição de suiniculturas

Abaixo-assinado que circulou nas freguesias de São João da Ribeira e Ribeira de São João entregue na assembleia municipal

Os intensos maus cheiros e a descarga de dejectos no rio Maior são a causa das queixas dos moradores.

Um grupo de moradores das freguesias de São João da Ribeira e Ribeira de São João entregou na sessão da Assembleia Municipal de Rio Maior, que se realizou sábado, 25 de Setembro, um abaixo-assinado onde manifestam o seu “descontentamento” pela poluição causada pelas suiniculturas instaladas nas suas freguesias. No abaixo-assinado com cerca de centena e meia de assinaturas, os moradores nos lugares de Cabeça Gorda, Moinho de Ordem, Vale da Rosa “e arredores” assumem o seu descontentamento pela degradação da qualidade de vida e perigo para a saúde pública a que estão sujeitos. “A poluição causada pelas suiniculturas manifesta-se regularmente atingindo as nossas casas com intensos maus cheiros e também com a descarga de dejectos que atinge o rio Maior, afluente do rio Tejo”, pode ler-se no abaixo-assinado a que O MIRANTE teve acesso. A população exige que autoridades competentes “actuem” e “cumpram” o seu dever em relação a um problema que se arrasta há muito tempo. A presidente da Junta de Freguesia da Ribeira de São João, Olga Paula, partilha da opinião da população considerando que aquela é uma situação que se “arrasta” há muito tempo. “Não exigimos que as suiniculturas sejam encerradas, até porque não nos podemos esquecer que estão ali postos de trabalho. Apenas queremos que criem condições e encontrem soluções para que não deitem cheiros nauseabundos que prejudica a qualidade de vida dos habitantes”, disse a autarca do Movimento Independente do concelho de Rio Maior. Olga Paula acrescentou ainda a O MIRANTE que o abaixo-assinado devia ter sito entregue quando o novo executivo entrou em funções para que este “se pudesse ter pronunciado antes”.O vice-presidente da Câmara de Rio Maior, Carlos Frazão, saudou o facto da população ter entregue o abaixo-assinado garantindo que o executivo municipal vai fazer seguir o documento para as entidades competentes. “Este é um problema que a câmara não tem poder para resolver, mas vai fazer seguir o abaixo-assinado para os locais próprios para se encontrar uma solução que diminua os impactes negativos das suiniculturas naquela zona”, referiu.Bloco questiona Ministério do Ambiente O deputado do Bloco de Esquerda (BE) eleito pelo distrito de Santarém, José Gusmão, entregou um conjunto de perguntas sobre o problema das suiniculturas ao Ministério do Ambiente (MA) que, em resposta, diz ter identificado três suiniculturas nas duas freguesias. O MA refere que a exploração da Suinvest “possui licença ambiental” até Julho de 2011 incluindo o licenciamento da rejeição de águas residuais no meio hídrico. “A licença prevê a existência de seis lagoas impermeabilizadas, tendo-se verificado no âmbito de uma acção de fiscalização o sistema de lagunagem ampliado e em deficientes condições tendo notificado o proprietário para regularizar a situação”.Em relação à Agro-Pecuária Valinho que possui duas unidades, uma localizada em Vale da Rosa e outra em Casal Larojo, o MA esclareceu que ambas “não possuem” licença de descarga de águas residuais válida, estando a respectiva revalidação, no caso da unidade de Vale da Rosa, condicionada à realização de trabalhos de manutenção e limpeza e à “apresentação de resultados de auto-controlo que comprovem o cumprimento dos valores-limite de emissão impostos na anterior licença de descarga”.No caso da agro-pecuária situada em Casal Larojo a revalidação da licença de descarga de águas residuais está “condicionada à verificação das condições de impermeabilização das lagoas”.
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