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31 anos do jornal o Mirante

Maria Prudência

60 anos, vigilante na Cerci, Casais da Lagoa (Azambuja)

“Estamos em crise mas eu espero que isto vá melhorando. Com as últimas notícias sobre os aumentos não fiquei mais assustada do que estava. Temos que ir poupando. Por enquanto, no meu caso pessoal, ainda me vou dando a pequenos luxos, como sair de vez em quando ao domingo para ir almoçar”.

Ainda há preconceito em relação às pessoas portadoras de deficiência?Talvez exista algum, mas não tanto como antigamente porque os meninos andam na rua, vendem rifas, vão ao café e fazem recados. Eles portam-se muito bem e fazem muitas actividades. As pessoas sabem mais através do trabalho da Cerci do que sabiam antes. Ficou assustada com as últimas notícias sobre os aumentos dos preços?Estamos em crise mas eu espero que isto vá melhorando. Com as últimas notícias sobre os aumentos não fiquei mais assustada do que estava. Temos que ir poupando. Por enquanto, no meu caso pessoal, ainda me vou dando a pequenos luxos, como sair de vez em quando ao domingo para ir almoçar. Um curso superior é um bom investimento ou já não garante emprego?É tudo muito difícil. A minha filha, por exemplo, tirou o 12º ano e depois empregou-se. A verdade é que hoje em dia há pessoas com curso e têm que trabalhar numa área que não é a delas. Têm que sujeitar-se àquilo que aparece. Costuma gastar muito na época do Natal?Não, só o indispensável. Este ano vou manter a mesma linha. Lá em casa preferimos dar aquilo que sabemos que faz falta.Quando recebe visitas em casa compra feito ou prepara a comida?Compro apenas algumas coisas. O resto faço tudo em casa. No Natal sirvo sempre o bacalhau na consoada. No dia 25 de Dezembro já vamos para a carne. Peru ou borrego. Na Páscoa faço às vezes o que me dá mais jeito.A Câmara de Azambuja fez bem em cortar no almoço de idosos que custava 50 mil euros?O problema é que se calhar as pessoas gostavam. Talvez não fosse muito boa ideia ter ido por aí. Mas eles é que sabem…Na sua opinião qual deveria ser o ordenado mínimo?O ordenado mínimo é o meu ordenado… Gostava de fosse mais um bocadinho. As necessidades de cada um também dependem do número de pessoas que estão em casa. Setecentos euros talvez. O que gosta de fazer nos tempos livres?Crochê e renda, mas como já não vejo muito bem fico com dor de cabeça. Gosto dos bordados, gosto de costura e gosto de arraiolos. É uma das coisas que fazemos na Cerci para vender nas horas mais paradas. Alguns meninos já sabem fazer muito bem arraiolos. Recebemos encomendas para carpetes e passadeiras na instituição.

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