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“Os Autos da Vida de Luiz Francisco Rebello” no museu

“Os Autos da Vida de Luiz Francisco Rebello” é a exposição que pode ser vista desde 24 de Outubro no Museu do Neo-Realismo, em Vila Franca de Xira. No dia da inauguração o autor participou numa conversa no auditório.A exposição biobibliográfica, que ficará patente até Setembro de 2011, tem o objectivo de dar a conhecer a vida e a obra de Luiz Francisco Rebello, “uma referência da sociedade e da cultura portuguesa da segunda metade do século XX”, nas palavras da curadora da exposição, Luísa Duarte Santos. O Teatro, o Direito e a Cidadania, linhas de força da vida e obra de Luiz Francisco Rebello, foram sempre vividos com a paixão, integridade, espírito interventivo e de justiça que caracterizam a atitude do autor nas múltiplas facetas: dramaturgo, tradutor, ensaísta, crítico.A obra e o homem estiveram, profundamente ligados ao seu tempo, “um tempo marcado por um regime ditatorial, ao longo do qual, criar e encenar textos constituía tarefa que a todo o momento se confrontava com os ditames de uma censura para quem a arte representava o perigo de abrir horizontes, de ver mais além”. Na área do Direito é de salientar a acção de Luiz Francisco Rebello na defesa de várias figuras políticas nacionais durante o regime salazarista, bem como a sua luta em torno do Direito de Autor, patente ao longo do período (cerca de 30 anos) em que presidiu aos destinos da Sociedade Portuguesa de Autores (1973/2003).A ética e o humanismo que alicerçam a vida e a obra deste homem são bem próximos dos ideais defendidos pelos neo-realistas. “Por isso, a sua presença neste Museu é, antes de mais, a justa homenagem e a nossa tentativa de fazer chegar mais longe o seu exemplo”, explica Luísa Duarte Santos. “Que esta exposição seja um Théatron, um lugar onde se vai ver, “Os Autos da Vida de Luiz Francisco Rebello”. Autos, nas suas diversas acepções: narração escrita de qualquer acto, peça dramática, peças constitutivas de um processo jurídico, composições dramáticas, momentos, instantes”, conclui.

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