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População de Alverca pede ajuda à câmara para resolver problemas da cidade

População de Alverca pede ajuda à câmara para resolver problemas da cidade

Moradores criticaram a inoperância do presidente da Junta de Freguesia, Afonso Costa

Alguns moradores de Alverca, concelho de Vila Franca de Xira, aproveitaram a última reunião pública do executivo municipal, que se realizou naquela cidade, para pedir ajuda à câmara para resolver os problemas da freguesia. Isto porque consideram que o presidente da junta, Afonso Costa, não cumpre bem o seu papel.

Uma dezena de moradores de Alverca do Ribatejo, concelho de Vila Franca de Xira, foi à última reunião pública do executivo municipal – realizada na tarde de 20 de Outubro no auditório da Igreja dos Pastorinhos - pedir ajuda aos vereadores para resolver vários problemas que existem na cidade.A presidente da câmara, Maria da Luz Rosinha, ouviu queixas sobre passeios por arranjar, falta de desmatação junto a zonas habitacionais, problemas de iluminação e higiene pública na cidade, ausência de equipamentos para idosos e problemas de estacionamento selvagem em várias artérias de Alverca. Muitos moradores criticaram também o presidente da Junta de Freguesia, Afonso Costa, por “tardarem as intervenções” em vários locais. “Eu falo em nome de todos os moradores da rua. Foi-nos prometido pela junta de freguesia em Janeiro, numa carta que mandaram ao meu vizinho, que iriam colocar pilaretes na rua 9 de Agosto, entre o número 13 e o 15 para que os carros não sejam estacionados em cima dos passeios. Até hoje, senhora presidente Rosinha, nada foi feito. Queremos usar os passeios mas temos de andar pela estrada. Também alertei a junta para a necessidade de ser feita uma desmatação atrás dos prédios. Até hoje não fez nada. Não me mandem à junta pedir absolutamente nada porque eu não vou, não vale a pena”, lamentou Luísa Cunha.Ainda Afonso Costa encolhia os ombros na sequência da intervenção quando outra moradora, Luísa Vaz, alertou para a falta de árvores na freguesia. “Eu venho colocar uma questão que já tinha posto na última assembleia de freguesia, mas a resposta que o senhor presidente da junta me deu foi que era mentira. Mas como sou teimosa aproveitei a passagem do executivo por aqui para colocar novamente estas questões. Cada vez há menos árvores em Alverca. Às vezes para se criar mais um ou dois lugares de estacionamento cortam-se as árvores. O senhor presidente disse que agora havia mais árvores em Alverca, mas provavelmente está a contar com a urbanização Malva Rosa”, ironizou uma moradora. Foi a presidente da câmara que acabou por colocar travão às críticas. “Este período é destinado a colocar questões à câmara municipal e as pessoas não podem vir aqui fazer apreciações sobre o comportamento do presidente da junta de freguesia ou sobre a actuação do executivo”, avisou. Os moradores, porém, continuaram. António Pedro levantou o problema de vários passeios na zona do Brejo que estão por arranjar há quase 30 anos. “É uma vergonha”, afirmou. Na resposta Afonso Costa garantiu que o problema está “conversado” e com resolução prevista. “Já dissemos que no ano em que fizermos a segunda fase do Brejo - em princípio vai estar no orçamento de 2011 - faremos os passeios que sempre assumimos que eram necessários mas que não eram da nossa responsabilidade”. Na resposta o morador discordou: “As respostas são sempre as mesmas”.Minutos depois foi a vez de outro residente de Alverca, Horácio Luís, criticar o executivo local. “Alverca sempre esteve em crise. Vê-se nestes anos que Alverca ficou para trás. Não se fez nada em Alverca para os idosos. À noite até temos medo de andar na rua. Não há luz. Há um ano na inauguração do Modelo vi toda a gente da junta a distribuir apertos de mão mas nunca os vi a dar apertos de mão no comércio tradicional”, criticou. A terminar Isilda Moço, moradora, chamou a atenção para a falta de desmatação no bairro do Adarse. Na resposta Afonso Costa argumentou que o Adarse “é uma zona industrial com muitos lotes privados” mas onde as áreas públicas, da responsabilidade da junta de freguesia, estão arranjadas. “Desculpe, não me interrompa, agora estou eu a falar”, impôs o presidente para conseguir intervir, sempre interrompido pelas críticas dos moradores, que o acusavam “de não fazer nada”. O autarca garantiu que “alguns proprietários estão identificados” e que já foram notificados para proceder à limpeza dos terrenos. Afonso Costa disponibilizou-se a ir aos locais com os moradores para debater o problema. No final do período destinado às intervenções do público vários moradores da cidade tentaram usar da palavra mas não puderam, por terem chegado depois da hora limite para se inscreverem. “Não faz mal, marcamos presença para mostrar a nossa revolta”, confessaram Alberto Pina e Rodrigo Peres a O MIRANTE.
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