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Rotas do vinho precisam de revitalização para captar mais enoturistas

Rotas do vinho precisam de revitalização para captar mais enoturistas

A maior parte das rotas está inactiva, não tem projectos e não é visível
As rotas do vinho em Portugal precisam de revitalização, porque “a maioria não funciona”, e de uma estratégia nacional para que o país aproveite o crescente mercado do enoturismo, garantiu a Associação dos Municípios Portugueses do Vinho. “A grande maioria não está a funcionar. [As rotas] estão inactivas, não têm projectos, não são visitáveis. Era necessário tomar uma atitude e criar condições para que as rotas do vinho em Portugal comecem a funcionar”, defendeu o secretário-geral da associação, José Arruda. “Procuramos sensibilizar as diversas entidades sobre a importância do produto turístico ligado ao vinho e temos como grande objectivo a concretização de um projecto, a nível nacional, para as rotas do vinho”, disse à margem das IV Jornadas de Enoturismo, que decorreram em Beja.Segundo José Arruda, nos últimos dois anos, a AMPV realizou reuniões nas várias regiões e visitou as rotas do vinho, tendo encontrado outro “grande problema”, relacionado com a certificação. “Não faz sentido haver rotas com indicação de percursos” para locais que, depois, “não têm as condições mínimas para essas visitas, não têm sala de provas ou pessoas para atender” e “estão normalmente encerradas nos dias em que as pessoas as podem visitar”, frisou.A certificação, por uma entidade exterior, sustentou, “é fundamental para garantir” a “quem pretenda visitar uma rota que, quando for lá, haverá gente que vai recebê-lo” e para atestar se um aderente “tem condições para poder funcionar”.O actual conceito de rota de vinhos implica a parceria, não só entre produtores, mas com mais agentes locais, que ofereçam produtos complementares aos turistas, pelo que a AMPV está a trabalhar com o Turismo de Portugal e outras entidades numa nova estratégia para essa vertente turística.“É importante, primeiro que tudo, chegarmos a um acordo sobre qual a forma de gestão das próprias rotas, a nível nacional, e depois criar, com o apoio do Turismo de Portugal, uma estratégia para defendemos o produto turístico ‘rotas do vinho’, enquadrado e articulado entre todos”, argumentou.Só assim, com certificação e encarando as rotas do vinho com uma estratégia unificadora e em rede, Portugal pode beneficiar mais do enoturismo integrado, mercado europeu que, de acordo com dados de 2006 do Turismo de Portugal, poderia “mais que duplicar, numa década”, divulgou a AMPV.Já em 2006, acrescentou a AMPV, “a procura primária de viagens internacionais de gastronomia e vinhos representava 600 mil viagens na Europa e a procura secundária foi estimada em 20 milhões, prevendo-se um crescimento anual entre sete e 12 por cento”.
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