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Presidente força aprovação de empréstimo para aliviar tesouraria da Câmara da Chamusca

Dinheiro serve para garantir pagamento de salários e subsídios de Natal aos funcionários da autarquia
O presidente da Câmara Municipal da Chamusca forçou a aprovação de um empréstimo de tesouraria no valor de 650.317 euros. “É um empréstimo que já vem de há vários anos atrás, que vai sendo morto e renovado anualmente. É de capital importância para que possamos continuar a funcionar”, explicou o presidente.Sérgio Carrinho explicou ainda que não tem sido possível fazer grandes reduções no volume deste empréstimo. “O ano passado reduzimos 10 mil euros, este ano só podemos fazer a redução simbólica de cinco mil euros. É o possível face às circunstâncias financeiras actuais”, garantiu.Estas explicações não convenceram os eleitos do PS, que já tinham pedido na reunião anterior a retirada deste ponto e o reagendamento para esta reunião. Os vereadores Joaquim José Garrido e Paulo Queimado garantiram que só aprovariam este empréstimo se fosse aprovada uma proposta sua de que o executivo se comprometia a liquidar o empréstimo até ao final do actual mandato.O vice-presidente Francisco Matias (CDU) foi o primeiro a manifestar-se contra a proposta dos eleitos do PS. “A vossa proposta só tem um fim, que é o de agravar a situação financeira da câmara. Sei que é uma proposta impossível de cumprir e nós quando tomamos um compromisso é para cumprir, não precisamos de lições de ninguém”, disse agastado.O vereador do PSD João Lourenço não estava presente na reunião, por isso havia uma igualdade numérica no executivo, dois elementos da CDU e dois do PS. Por isso Sérgio Carrinho, também algo agastado, garantiu que iria “forçar a aprovação do empréstimo” utilizando o voto de qualidade. “E vou garantir que isso fique bem expresso em acta, com a certeza que não é possível fazer o seu pagamento como os senhores querem”, disse.Os eleitos do PS reagiram pedindo que se fizesse um pequeno intervalo para os dois discutirem o assunto. Intervalo que foi concedido. No regresso Joaquim José Garrido e Paulo Queimado fizeram marcha-atrás e já traziam outra proposta. “Compreendemos a situação difícil, por isso propomos que em vez da redução de cinco mil euros, se faça uma redução de 10 mil euros”.Sérgio Carrinho aceitou fazer esse esforço, a que se junta o pagamento dos juros. “Não queremos chegar ao fim do ano e não ter dinheiro sequer para pagar o 13º mês e os ordenados aos trabalhadores”, referiu. taxas de IMI e Derrama mantêm-seO executivo da Câmara Municipal da Chamusca aprovou, em reunião efectuada dia 25 de Outubro, uma proposta do presidente, Sérgio Carrinho (CDU), que mantém a taxa do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) para 2011 igual à que vigorou este ano. O ano passado a autarquia tinha baixado a taxa de 0,6 % para os prédios antigos e 0,3 % para prédios novos, para 0,575 e 0,275 respectivamente. Na altura Sérgio Carrinho justificou esta redução, que se reflectiu nas receitas da autarquia, com as dificuldades que se fazem sentir na vida das pessoas, dada a situação de crise que se vive. Agora resolveu manter a mesma taxa, com a mesma justificação. A proposta foi aprovada por unanimidade.A autarquia decidiu também manter taxa de derrama para 2011, fixando-a em 1 por cento durante o próximo ano. É o segundo ano consecutivo que a autarquia não faz alterações mantendo em 0,25 por cento este imposto que incide sobre o lucro tributável das empresas com sede no município. O município justifica esta medida com a necessidade de continuar a dar um sinal às empresas do concelho que continua a ajudar a combater a crise. O presidente da câmara, Sérgio Carrinho (CDU), afirmou que “isto vai pesar nas poucas receitas do município, mas é fundamental que os empresários sintam que a autarquia também está a fazer sacrifícios para que eles possam continuar a trabalhar para o desenvolvimento do concelho”.

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