Um baralho de cartas e uma corda azul são as armas de Manuel Barata no mundo da magia. É um dos mágicos e ilusionistas que participou no Abracadabra - I Festival de Magia de Rio Maior, que decorreu de 29 a 31 de Outubro.Nascido em Santarém e residente há oito anos em Rio Maior, Manuel Barata tem o mesmo nome artístico que o que consta no BI. Aos 55 anos, o funcionário público faz da magia um passatempo para descontrair entre amigos, numa jantarada ou nos festivais e convenções em que participa pelo país. Foi empregado de balcão e técnico de electricidade na antiga Federação de Municípios do Ribatejo.Entre 1972 e 1975/76, Manuel Barata fez teatro no Veto Teatro Oficina, do Círculo Cultural Scalabitano. Passou por grupos cénicos na Portela das Padeiras (Santarém) e Ereira (Cartaxo), mas foi a magia que o convenceu. “Magia faz-se entre um grupo de amigos. Leva-se um baralho de cartas no bolso e faz-se magia. Além disso, também é menos exigente que o teatro, pode-se treinar incessantemente sozinho. Leva a maior parte das pessoas a magicar sobre como se produziu o efeito”, refere o mágico.A magia apareceu-lhe na vida ainda enquanto estudante. Aproveitava para fazer alguns efeitos no Veto, na Escola Industrial e Comercial, especialmente o efeito da corda. Uma corda azul que vai ganhando cortes, diferentes tamanhos e nós por entre os dedos de Manuel Barata. Pelo país participa em festivais e congressos. Garante que o mundo da magia é aberto e solidário entre os seus praticantes. No festival Abracadabra participou numa das galas realizadas no cineteatro, em indumentária tipo: óculos pretos, cartola, casaco e camisa envergados. Para O MIRANTE, Manuel Barata fez um efeito com cartas. Advinha que cartas estão junto a outras cartas identificadas pelo repórter, coloca naipes de cores diferentes juntos, que antes estavam separados. Com três filhos, Manuel Barata, confessa que os dois mais velhos nunca ligaram às ilusões protagonizadas pelo pai. O mais novo é que anda entusiasmado. “Pode ser que siga a minha arte”, admite Manuel Barata, o mágico. Ricardo Carreira