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Carlos Sousa

Carlos Sousa

48 anos, Chefe de Finanças, Constância

Nasceu a 8 de Dezembro de 1961 na freguesia de Rossio ao Sul do Tejo, concelho de Abrantes. Em criança sonhava ser piloto de automóveis e foi por mero acaso que acabou a trabalhar nas Finanças, onde ingressa por concurso em 1982. Uma profissão que abraçou de alma e coração. Vive em Abrantes, é casado e tem dois filhos. Metódico e organizado, não gosta de imprevistos. Sem um lema de vida em concreto, diz que nunca perde uma oportunidade e luta sempre para ter aquilo que deseja.

Em pequeno sonhei ser piloto de automóveis. Em Abrantes morava perto da oficina do Santinho Mendes, conhecido piloto de automóveis, e acalentei esse desejo. Sempre gostei muito de conduzir e ainda hoje adoro fazer quilómetros. Nunca pensei que iria acabar a trabalhar nas Finanças. Pensava que ia ficar ligado ao ramo da mecânica automóvel até porque queria tirar o curso de engenharia. Foi por acaso que ingressei nas Finanças mas abracei isto de alma e coração.Ingressei nas Finanças em 1982, altura em que estágiei durante mais de dois anos em Lisboa, numa repartição junto à Estação de Santa Apolónia. No final do estágio fiz o exame de admissão para ingressar definitivamente no quadro e vim a tomar posse na Chamusca onde estive cinco anos. Consegui depois ir para Abrantes mas o percurso profissional já me levou ao Sardoal, ao concelho de Mação. Entretanto, adquiri a possibilidade de chefiar uma repartição e vim para Constância, onde sou chefe de finanças desde 2005. Antes trabalhei dois anos nas oficinas da CP como revisor de material.A capacidade de liderar passa pela capacidade de dar o exemplo no trabalho. Antes de ser chefe de finanças já era chefe adjunto. Os resultados são sempre obtidos em conjunto por quem dirige e por quem é dirigido. Penso que dirigentes que apenas dirijam são seguidos à força. Eu prefiro dirigir a dar o exemplo.Gosto de me levantar cedo. Tenho dois filhos, um rapaz com 16 anos e uma rapariga com 12. Normalmente divido com a minha esposa a tarefa de ir pô-los à escola. Chego ao trabalho bem cedo de manhã mas gosto de sair à hora certa. Sou daqueles que gostam de trabalhar de manhã. Ao fim do dia já estou cansado demais. E gosto de trabalhar enquanto aqui estou. Não empato tempo e só fico descansado quando o trabalho está todo feito. Planeio sempre o dia de modo a sair às cinco e meia da tarde com tudo feito.Gosto de fazer esforço físico depois de estar todo o dia sentado numa cadeira. Comprei uma pequena propriedade há dez anos e dedico-me à agricultura. Passei a gostar tanto de basquetebol como a minha filha, que começou a jogar basquetebol há cinco anos. Como não podia jogar passei a colaborar como seccionista. Mais tarde resolvi tirar o curso de treinador de basquetebol. Neste momento sou seccionista de uma equipa, director adjunto do departamento de basquetebol e treinador da equipa de sub-14 masculino tudo no Clube Náutico de Abrantes. Aos fins-de-semana não páro.Sou um leitor compulsivo e, por norma, tenho sempre dois ou três livros na mesa de cabeceira. Leio jornais todos os dias para me actualizar. Em pequeno devorava literatura. Existiam as bibliotecas itinerantes e recordo-me que chegou uma altura em que só lia o que chegava de novo. Gostava de ler sobre viagens, descoberta de novas culturas e civilizações. Viajo como posso mas nada daquilo que gostava de fazer. Gosto de planear as minhas viagens ao pormenor.Tenho saudades do balcão e do contacto que me proporcionava com o público. Nesta actividade o mais gratificante é fazer um bom trabalho com os meios que temos à disposição. Como chefe de finanças já não apanho aquela conversa fácil que adorava mas costumo dizer que não estou cá para complicar a vida às pessoas mas sim para as ajudar. Actualmente consigo desligar do trabalho mas já cheguei a sofrer de ansiedade por não o conseguir fazer. Seguia as instruções: “Eu era funcionário público 24 horas por dia, 365 dias por ano”.O pior que me pode acontecer é um imprevisto. Sou criticado por gostar de controlar tudo. Sou demasiado metódico, organizado, quero saber o que vai acontecer na hora a seguir. Quando chego a qualquer serviço novo gosto de saber o que tenho para a partir desse momento trabalhar e não ter surpresas. Não me mexam nos papéis porque sei exactamente onde tenho tudo. E isto é tanto no trabalho como em casa ou nos hobbies. Canso-me muito com isso (risos).Gosto de viver em Abrantes. Aqui há uma maior qualidade de vida. No fundo, tenho tempo para viver o que em Lisboa não tinha. Não tenho um lema de vida. Nunca perco uma oportunidade e luto sempre por aquilo que quero. Prefiro ajudar ou participar do que dizer mal por dizer mal. Se posso faço, se não posso digo que não posso. Mas nunca fico na classe dos que criticam e não fazem nada para mudar o que está mal.Elsa Ribeiro Gonçalves
Carlos Sousa

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