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Autarca socialista diz que Governo está a financiar-se à custa das autarquias locais

Autarca socialista diz que Governo está a financiar-se à custa das autarquias locais

Presidente da Câmara de Vila Franca de Xira descontente com Orçamento de Estado para 2011
“O Governo decidiu usar o dinheiro dos outros e financiar-se à conta das autarquias locais que por sua vez são responsáveis pelo financiamento de cinquenta por cento das instituições”. A declaração foi feita pela presidente de Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, a socialista Maria da Luz Rosinha, no encontro organizado pelo Partido Socialista para debater o Orçamento de Estado, na quarta-feira, 10 de Novembro, no Clube Vilafranquense, em Vila Franca de Xira. A autarca – que lembrou que o mercado socialista dá mais de 3000 empregos - aproveitou para questionar a mesa sobre o dinheiro que o Estado deve às autarquias e que não está complementado no Orçamento de Estado. “O povo já passou por muitas dificuldades, é intolerante a estas desigualdades sociais e não percebe porque é que os bancos não pagam os impostos em função dos lucros que têm. Não podemos estar a prejudicar pessoas que ganham 400 euros ou menos. O PS não pode tolerar atingir os mais pobres”, frisou Maria da Luz Rosinha.Francisco Assis, líder parlamentar do PS na Assembleia da República, não conseguiu estar presente, sendo substituído pelo deputado Eduardo Cabrita, membro da Comissão de Orçamento e Finanças. A mesa contou também com a presença de Carlos Lilaia, economista e membro da Comissão Política da Concelhia, o deputado Miguel Coelho e o Presidente da FAUL e Secretário de Estado, Marcos Perestrello. Eduardo Cabrita reconhece que as medidas impostas pelo Orçamento de Estado não são fáceis, mas lembra que não existe alternativa: “É no contexto da maior crise do modelo europeu que temos um quadro político marcado pela crise financeira. Vivemos numa situação de europessimismo. O Orçamento de Estado para 2011 aparece neste quadro, o que é injusto para Portugal. Temos de compreender o actual estado da situação, depois aprovar o orçamento e finalmente concretizá-lo”.Por sua vez Carlos Lilaia não percebe como se chegou à actual situação. “Tivemos o PEC I, PEC II e PEC III e agora o Orçamento de Estado. Estamos numa situação gravíssima que não é apenas financeira. É sobretudo um problema económico, social e de desenvolvimento”, disse. O deputado sugere um acordo entre a banca portuguesa e o Banco Central Europeu para vir a ser disponibilizada uma taxa de crédito para as autarquias locais e outros investimentos.“O problema com que nos deparamos não é a falta de informação. Percebemos e percebemos demais. O Governo cortou onde podia cortar com uma coragem inédita. Não temos outra maneira de fazer isto”, concluiu Marcos Perestrello.
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