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Sociedade de Garantia Mútua reúne mais de mil empresários em Santarém

Sociedade de Garantia Mútua reúne mais de mil empresários em Santarém

4.º Fórum de Empreendedorismo realizou-se no CNEMA a 23 de Novembro

Estes encontros foram lançados em 2007 no sentido de se constituírem como um espaço de debate onde se discutem as oportunidades e ameaças para as empresas.

Debater o mundo das pequenas e médias empresas (PME) face à evolução do mercado levou cerca de 1100 empresários a participar no 4.º Fórum de Empreendedorismo, uma iniciativa da Sociedade de Garantia Mútua (SGM) que se realizou no dia 23 de Novembro no Centro Nacional de Exposições, em Santarém. A Garantia Mútua é um sistema privado, mutualista, de apoio às Pequenas, Médias e Micro Empresas, que se traduz na prestação de garantias financeiras para facilitar a obtenção de crédito em condições adequadas aos seus investimentos e ciclos de actividade.José Fernando Figueiredo, presidente da SGM, SPGM e Associação Europeia de Garantia Mútua, presidiu à sessão de abertura e num registo informal pontuado por momentos de humor referiu que esta iniciativa pretende incentivar a partilha de opiniões sobre as mudanças que o sistema económico atravessa. “A situação actual torna o financiamento um desafio claro. É preciso saber reagir, procurar novas oportunidades e ser inovador. E, sobretudo, não podemos complicar a vida às empresas”, disse. De acordo com o responsável, estes fóruns foram lançados em 2007 no sentido de se constituírem como “um espaço de debate” onde se discutem as oportunidades e ameaças para as empresas. “Congratulamo-nos por ter mais de mil inscritos, entre empresários, responsáveis da banca e consultores para além das equipas da garantia mútua”, afirmou satisfeito com a adesão que compôs o amplo auditório. “As empresas portuguesas estariam numa situação muito mais difícil sem a SGM”, apontou Luís Filipe Costa, presidente do IAPMEI, aludindo que a SGM já emitiu mais de três milhões e 500 mil euros de garantias a 55 mil empresas mutualistas e que só na linha PME Investe foram registadas 80 mil operações de crédito.Banca diz que não há restrição ao crédito No período da manhã, um dos painéis integrava um conjunto de representantes da banca. O tema em cima da mesa, moderado por Francisco Ferreira da Silva, sub-director do Diário Económico, era “O Papel dos Bancos no Apoio às PME. Do painel de oradores constavam membros da administração do BPI, Millenium BCP, BES, Santander Totta e Caixa Geral de Depósitos. Instigados pelo moderador sobre a dificuldade que muitas empresas estão a ter no acesso ao crédito, todos rebateram essa ideia, considerando que o sistema bancário português “é sólido” e que, contrariamente ao que é veiculado, “não há uma maior restrição ao crédito” apesar de agora os bancos exigirem mais das empresas a quem fornecem os créditos. “As empresas queixam-se do acesso ao crédito bancário mas não há mais restrições. Existe é a necessidade de uma maior transparência e partilha de informações entre as empresas e os bancos”, defendeu Maria Celeste Hagatong, administradora do BPI. Também António Souto, administrador do BES, combateu a ideia generalizada de que existe uma restrição global do crédito no sistema bancário. “Não há uma restrição ao crédito em Portugal. Existe é uma degradação do risco de crédito global no tecido industrial português”, disse. Mais pragmático, António Ramalho, administrador do Millenium BCP, sintetizou a ideia numa frase chave: “Não há bons bancos para um mau tecido empresarial, como não há maus bancos para um bom tecido empresarial”. Das intervenções deste painel saiu ainda a ideia de que as empresas têm que apostar mais na gestão de informação interna de modo a conseguirem cumprir o estipulado por lei e obter a confiança das instituições bancárias.
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