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Rua da Póvoa que foi cortada ao trânsito é ocupada por carros dos trabalhadores da obra

Rua da Póvoa que foi cortada ao trânsito é ocupada por carros dos trabalhadores da obra

Câmara Municipal de Vila Franca autorizou proibição de trânsito na Rua 5 de Outubro

O troço da Rua 5 de Outubro, na Póvoa de Santa Iria, onde está a ser construído um edifício de habitação, está fechado ao trânsito durante o dia. O presidente da junta fala em questões de segurança, mas o espaço apenas é utilizado para estacionamento dos carros dos trabalhadores da obra.

Um troço da Rua 5 de Outubro, na Póvoa de Santa Iria, na zona antiga da cidade, perto da estação de comboios, concelho de Vila Franca de Xira, está cortado ao trânsito desde que se iniciaram as obras de construção de um edifício de habitação na zona em Maio último. Comerciantes e cidadãos contestam a forma como foi feito o corte da via - que neste momento serve apenas para estacionamento dos veículos dos trabalhadores das obras já que ao fim do dia de trabalho o espaço fica livre e o trânsito flui normalmente. O presidente da Junta de Freguesia da Póvoa de Santa Iria, Jorge Ribeiro, diz que são os próprios comerciantes queixosos que deixam os carros no pequeno largo que antecede a obra. “Tentámos sensibilizar o construtor que permite que a rua esteja aberta sempre que possível. Não prejudica o trânsito porque os condutores têm outras alternativas. A rua teve de ser fechada por uma questão de segurança e também para as próprias máquinas das obras poderem trabalhar”, diz. A obra vai, na opinião de Jorge Ribeiro, permitir requalificar toda a zona e quando estiver terminada já ninguém irá lembrar-se da situação. O MIRANTE tentou contactar o dono da obra, o que não foi possível até ao fecho desta edição.A Câmara Municipal de Vila Franca de Xira autorizou a proibição de circulação nesse troço (entre a Rua 28 de Setembro e a Rua do Grémio), excepto para veículos afectos à obra, assim como a proibição de paragem e estacionamento em toda a zona de intervenção, no período compreendido entre 25 de Maio de 2010 e 31 de Maio de 2011, lê-se no site da autarquia. Na zona adjacente à obra existe um centro comercial com várias lojas, além de escritórios, cafés, um mini-mercado e muitos estabelecimentos que se vêem afectados com o condicionamento do trânsito. Sandra Araújo, funcionária de um mini-mercado, diz que já teve uma grande quebra no negócio: “Já é difícil estacionar na zona, agora imagine com uma das ruas principais da Póvoa cortada ao trânsito. Temos clientes que pura e simplesmente deixaram de cá vir porque não têm onde estacionar os carros. Se as pessoas não encontram aqui então vão-se embora”. Para a proprietária do Snack-bar Center, Isabel Silva, o corte da rua representa um desrespeito pelos povoenses. Carlos Fontã, proprietário de um centro de massagens, diz que “a rua é aproveitada para os donos e construtores estacionarem os próprios carros”. “Se dizem que é por uma questão de segurança deveriam proteger o espaço com uma grande rede. A que têm é pequenina”, acrescenta. Outra funcionária diz que nunca viu situação semelhante na Póvoa. “Prejudica-nos imenso porque os clientes vão-se embora”, diz Piedade Araújo. Também Aida Costa, proprietária do Café Ideal perdeu muita clientela e nunca recebeu qualquer justificação. “A proibição só dura durante o momento em que lá estão os trabalhadores. Depois a rua fica transitável, mas a maior parte dos clientes vêm tomar o café no período em que a obra decorre”.
Rua da Póvoa que foi cortada ao trânsito é ocupada por carros dos trabalhadores da obra

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