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Trabalhadores da Águas de Santarém descontentes com comportamento da câmara municipal

Sindicato diz que foram despedidos trabalhadores e que foi encerrado laboratório de análises

O presidente da Câmara de Santarém e do conselho de administração da Águas de Santarém apenas diz que tem uma reunião com o sindicato em Janeiro e não presta mais esclarecimentos.

O Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) acusa a Câmara de Santarém de não estar a cumprir o protocolo que previa a manutenção dos postos de trabalho na empresa Águas de Santarém. Seis trabalhadores com contrato individual de trabalho foram despedidos, quando, diz o dirigente sindical Arménio Couto, a autarquia se comprometeu a manter os trabalhadores aquando da extinção dos serviços municipalizados de águas e da criação da empresa municipal Águas de Santarém, para onde os funcionários foram transferidos. O presidente da câmara, Moita Flores (PSD), limita-se a dizer que tem uma reunião com o sindicato marcada para Janeiro e, contactado por O MIRANTE, não quer prestar mais esclarecimentos. Os trabalhadores já reuniram em plenário e exigem a resolução dos problemas que “se arrastam desde a criação daquela empresa, que vão desde a valorização profissional à manutenção dos postos de trabalho”, refere o STAL. O sindicato exige a reintegração dos funcionários despedidos na sequência de ter terminado o contrato, o que no seu entender “é injustificável e desnecessário”. Para o sindicato não é também compreensível a notícia que dá conta do recente encerramento do laboratório de análises da empresa, que “foi recentemente objecto do processo de acreditação”. Este laboratório realiza análises para controlo da qualidade microbiológica e físico-química da água distribuída no concelho. O presidente da Câmara de Santarém, que é também o presidente do conselho de administração da empresa, também não quis falar sobre o encerramento deste serviço. Sem laboratório a Águas de Santarém terá que contratar as análises da água da rede a outras empresas. Situações que no entender do coordenador distrital do STAL, Arménio Couto, se têm agravado com a entrada de um parceiro privado na empresa que passa a deter 49 por cento do capital das Águas de Santarém. Arménio Couto fala ainda em decisões “avulsas” que têm levado à alteração de categorias e funções profissionais de funcionários da empresa. Exemplifica com casos em que pessoas que executavam determinadas tarefas há vários anos estão a ser colocadas em outras funções para as quais não têm preparação nem qualificação. Por isso, diz, os trabalhadores “exigem a abertura de um processo sério de discussão e negociação sobre esta matéria”.

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