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Doutor Manuel Serra d’Aire

Já reparaste que o vereador da Câmara de Tomar, Luís Ferreira (PS), se assemelha a um poderoso íman que atrai a polémica, a turbulência e até a calamidade? Quando tinha os pelouros da Cultura e Turismo meteu-se numa borrasca com a região de turismo e com o escritor Lobo Antunes que fez andar a cidade durante umas semanas nas páginas dos jornais. Depois, o presidente da câmara, homem prevenido, retirou-lhe os poderes, não fosse o Convento de Cristo ruir. E a tempestade pareceu amainar.Pareceu. Porque o bom do presidente da câmara ainda lhe deixou o pelouro da Protecção Civil, para não afrontar o parceiro de coligação, talvez pensando que pior do que já tinha acontecido não devia suceder. Mas sucedeu. Veio um tornado de todo o tamanho que destruiu casas e carros, feriu pessoas e causou o pânico. Confesso que quando vi na televisão o vereador Luís Ferreira dentro do seu colete reflector cor de laranja temi que a fúria dos elementos não ficasse por ali e que o mundo fosse acabar. Que se seguisse a queda de um cometa, o degelo súbito dos glaciares ou a descida de divisão do Benfica. Não é que esteja provada a relação causa-efeito entre Luís Ferreira e as catástrofes naturais e artificiais que vão acontecendo por Tomar. O voluntarioso vereador não deve ter culpa alguma. Deve ser só pura coincidência. Mas, como dizem os brasileiros, o homem é um “pé frio” que atrai o infortúnio. Senhor primeiro-ministro: não há um lugarzinho numa embaixada distante onde colocar o inditoso camarada autarca? Outra zona turbulenta no mapa da região é Ourém. Depois do Santuário ter decidido ficar de fora do projecto Fátima Cidade Natal, alegadamente por não acreditar no Pai Natal, agora a discordância chegou à câmara, onde o presidente Paulo Fonseca (PS) chamou mentiroso com todas as letras ao vereador do PSD Luís Albuquerque. E, mais grave ainda, tratou-o por “tu”. O que, como se sabe, para além de má educação é politicamente incorrecto. Toda a gente sabe que, no mínimo, um político deve ser tratado por doutor, mesmo que tenha apenas a quarta classe. Que falta de chá…O presidente da Câmara do Cartaxo lançou recentemente o programa Fome Zero, que pretende erradicar a larica no concelho em colaboração com o Banco Alimentar Contra a Fome de Santarém. É uma medida que só peca por tardia e que faz todo o sentido num concelho conhecido pela sua produção de vinho e onde, provavelmente, já só passa sede quem quer. Um brinde ao Paulo Caldas, com a esperança que neste Natal nos envie uma garrafinha de tinto do Cartaxo de retorno pelo jeitinho que aqui lhe estou a fazer.Quero também deixar daqui um cumprimento especial ao presidente da Assembleia Municipal de Constância, o comunista não filiado António Mendes, por ser figura de proa da CDU e ao mesmo tempo integrar a comissão de honra da candidatura de Cavaco Silva à Presidência da República. Já não via um jogo de cintura tão apurado desde os tempos em que a ginasta romena Nadia Comaneci brilhava nos Jogos Olímpicos…Votos de boas sestas do Serafim das Neves

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