O jovem mediático presidente da Câmara Municipal do Cartaxo

O presidente da Câmara Municipal do Cartaxo, Paulo Caldas, eleito aos 28 anos, já foi o mais jovem autarca do país. O ex-presidente da República Jorge Sampaio visitou o concelho em 2004 para homenagear na sua pessoa o poder local democrático. Licenciado em economia, actualmente com 38 anos, candidatou-se pelo PS e conquistou três maiorias absolutas. Razões políticas, mas também pessoais e familiares levaram-no a entregar o cartão de militante em 2010. Mesmo no rescaldo das últimas eleições autárquicas, após a conquista da última maioria absoluta, não esqueceu os inimigos dentro da estrutura do partido, nomeadamente as divergências com Pedro Ribeiro, ex-vice presidente com quem se incompatibilizou politicamente e com Conde Rodrigues, actual membro do Governo.Nasceu em Moçambique, mas as primeiras memórias são já de Vila Chã de Ourique, uma freguesia do concelho do Cartaxo, para onde foi viver com a família aos três anos de idade. É filho de pais divorciados que sempre souberam partilhar o tempo em harmonia. “Tenho uma mãe espectacular que sempre geriu tudo muito bem”, explicou em entrevista a O MIRANTE em 2009. É casado e tem uma filha chamada Sofia. Frequentou o jardim-de-infância do Cartaxo. A partir dos 13 anos começou a trabalhar, durante o período de férias, na apanha do tomate, do melão e nas vindimas. Chegou a ser estudante e trabalhador numa altura em que era administrativo numa empresa metalúrgica.Licenciou-se no Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade Técnica de Lisboa. Esteve um ano na Universidade de Roterdão, na Holanda, onde se graduou em Ciências Económico-empresariais com distinção. Descobriu a política nas reivindicações académicas da faculdade, onde foi admitido com 20 valores. Estudante brilhante e apaixonado por livros ensaiava já nas reuniões gerais de alunos os discursos que faz sempre de improviso. Tem uma pose serena e discurso ponderado. Já tinha desempenhado o cargo de vereador e vice-presidente. Durante quatro anos foi quadro superior do Grupo Caixa Geral de Depósitos. Passou pelo Banco Nacional Ultramarino. Desde 1997 que é quadro superior do grupo Banif. Está a consolidar a vida académica - espera terminar o doutoramento antes do final do mandato - e no futuro antevê o regresso à área da banca com competências reforçadas.Escreveu os livros “Cartaxo: uma linha de rumo” e “Caminhos de Mudança”, ambos edição de O MIRANTE. Em 2010 editou o romance “Vinhas de Paixão”. É apreciador de café e um grande defensor do vinho do concelho. Não perde uma oportunidade de falar nele. O fato e gravata não lhe fazem confusão. A noite é a sua melhor conselheira. Era assim antes de ser autarca, quando as responsabilidades no banco lhe faziam perder o sono. Dorme poucas horas e há noites em que acorda a pensar nos assuntos que tem para resolver. “Por vezes encontro soluções durante esses períodos”, confessa. Mesmo que a lei não impusesse o limite de mandatos já confessou que não voltaria a recandidatar-se por ser defensor da renovação.

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