O turismo e a cortiça como apostas estratégicas

Dionísio Mendes mudou o rumo político do concelho de Coruche em 2001. Foi sob a sua liderança e visibilidade que o PS tornou rosa um concelho marcadamente vermelho PCP.Fez história ao conquistar a câmara para o PS, como independente derrotando o recandidato comunista Manuel Brandão. O mesmo com quem tinha estado durante dois mandatos como vereador da CDU (1989-1997). Sem maioria absoluta, Dionísio Mendes mostrou argúcia política ao convencer o cabeça de lista do PSD, Valter Barroso a trabalhar em conjunto com o PS. Pôde assim gerir com relativa tranquilidade o seu primeiro mandato. Nas eleições de 2005 voltou a ganhar e dessa vez com maioria absoluta mas com uma pedra no sapato. Na assembleia municipal, a CDU uniu-se ao PSD e aquela “coligação improvável”, como gostava de lhe chamar, deu-lhe algumas dores de cabeça. Foi algumas vezes acusado de ser autoritário, de ter atitudes anti-democráticas e de trabalhar com base no “quero, posso e mando”. Epítetos que não o fizeram desviar do seu caminho.Em 2009 Dionísio Mendes ganhou tranquilidade com a maioria da câmara suportada por uma maioria na Assembleia Municipal. Dois presidentes de Junta da CDU concorreram pelo PS e ganharam. No concelho aquela força política manda agora apenas na Fajarda e no Couço.Nascido a 8 de Novembro de 1956 nos Foros do Paul, arredores de Coruche, Dionísio Mendes é divorciado e tem dois filhos. Foi futebolista e forcado amador nos tempos de juventude. É sportinguista com lugar cativo em Alvalade. A requalificação da zona ribeirinha da vila e o observatório da cortiça são algumas das suas obras emblemáticas. A aposta no turismo, assente numa política de visibilidade do concelho tem dado bons resultados. Cumpre o seu último mandato e resta saber se após sair da câmara voltará a dar aulas de história como a certa altura chegou a admitir.

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