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Centros escolares motivam aumento do orçamento municipal de Salvaterra de Magos

Oposição critica documento dizendo que é uma “repetição” do ano anterior

A Câmara de Salvaterra de Magos vai ter um orçamento de aproximadamente 17,5 milhões de euros para gerir em 2011.

A construção dos dois centros escolares, em Marinhais e Salvaterra de Magos, cuja obra vai custar, em 2011, cerca de três milhões de euros cada um são a principal razão, segundo a presidente do município, para um aumento de 32 por cento do orçamento da câmara para o próximo ano comparando com 2010. Em 2011 a autarquia de Salvaterra de Magos vai ter um orçamento de aproximadamente 17,5 milhões de euros para gerir. Ana Cristina Ribeiro (BE) garante que se não fosse a construção dos centros escolares “haveria um decréscimo de 4,83 por cento em relação ao orçamento de 2010”.A autarca referiu que além dos cortes anunciados do Estado para as câmaras municipais - que em Salvaterra de Magos será de cerca de 520 mil euros - o município sofreu uma redução de 6,85 por cento nas receitas de IMI, IMT e Derrama em relação ao que estava previsto arrecadar em 2010.A grande aposta do município para 2011 será o alcatroamento de várias estradas e ruas do concelho. Segundo Ana Cristina Ribeiro, a Estrada Nacional 367, à entrada de Marinhais, será requalificada. Também o Largo da República, junto ao Mercado de Marinhais – recentemente encerrado pela ASAE – será alvo de requalificação urbanística. “Com o encerramento do mercado existe a necessidade de requalificar toda aquela zona”, disse Ana Cristina Ribeiro. O jardim-de-infância do Granho será construído simultaneamente com a requalificação da escola da mesma freguesia. A construção do campo de futebol de onze em relva sintética do Clube Desportivo Salvaterrense também está incluído no orçamento para 2011 com uma verba de 210 mil euros. A realização do festival Equimagos (que em 2010 não se realizou por falta de verba) também está prevista. A requalificação da aldeia do Escaroupim avança se o projecto de candidatura da Cultura Avieira a Património Nacional, no qual está integrado, for aprovado. A valorização ambiental e paisagística da ribeira de Muge e o arranjo urbanístico do Rossio, na mesma localidade, também são projectos candidatados ao QREN (Quadro Referência Estratégico Nacional).“Com rigor e muito respeito pelo dinheiro público tudo faremos para, de uma forma séria, proporcionarmos à população do concelho uma maior e melhor qualidade de vida”, disse na apresentação do orçamento para 2011 na última reunião de câmara realizada a 17 de Dezembro. A proposta foi aprovada com três abstenções do PS (2) e do PSD (1).Oposição critica orçamento para 2011Os vereadores socialistas “lamentam” que “meia centena de pretensões” tenham transitado de 2010 para 2011. Hélder Esménio exemplifica com a redução de verba para as bolsas de estudo a alunos do concelho que estudam no ensino superior, que passa de 18.750 euros em 2010 para 12.500 euros em 2011. Hélder Esménio e João Simões referem que não seria o plano e orçamento que “elaborariam” uma vez que “não têm subjacente qualquer estratégia de desenvolvimento económico do nosso concelho. Este executivo continua a não aproveitar para projectar de modo integrado o concelho. A gestão é casuística e sem capacidade de antecipar soluções para os problemas que se vão colocando”, concluem.Também o vereador Jorge Burgal (independente uma vez que PSD lhe retirou a confiança política) criticou o orçamento para 2011 dizendo que é uma “repetição” dos documentos do ano anterior. Disse ainda que “com este orçamento” o concelho está a ficar para trás no desenvolvimento. O vereador sugeriu o uso de energias alternativas para poupar em iluminação pública e criticou ainda o dinheiro gasto na aquisição de terreno (cerca de um milhão de euros) para a Zona Industrial de Muge, onde “ainda não foi feito nada”.

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