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Clube de Leitores de O MIRANTE solidário com família de Foros de Salvaterra

Conta bancária aberta na Caixa Agrícola de Salvaterra para ajudar crianças
O caso dos três filhos menores retirados a uma família de Foros de Salvaterra na noite de 20 de Junho de 2008 foi a notícia que maior atenção despertou à maior parte dos elementos do Clube de Leitores de O MIRANTE. Foi por esse motivo que a última acção de 2010 da associação consistiu na abertura de uma conta solidária a seu favor.Os inscritos no Clube de Leitores contribuíram com 1500 (mil e quinhentos euros), a que se juntaram 250 euros doados pela Caixa Agrícola de Salvaterra de Magos onde a conta foi aberta. Mas todos os leitores interessados em ajudar a família podem depositar os seus donativos na conta nº 40240816219 ou utilizar o sistema de transferência bancária usando o NIB 004552704024081621907.Recorde-se que os menores, Tatiana, Filipe e Soraia, foram retirados à família, pela GNR, a 20 de Junho de 2008, a meio da noite - situação pouco vulgar em casos do género - e apesar da população se ter solidarizado com os pais e construído uma casa nova para a família habitar - dado que a falta de condições de habitabilidade era um dos motivos alegados para a retirada das crianças - a devolução dos menores só foi concretizada a 26 de Março deste ano. O MIRANTE acompanhou o caso desde a primeira hora. Nuno Antão, Vasco Cunha e António Campos, então deputados, interessaram-se pelo caso e solidarizaram-se com a família visitando a casa numa altura em que o desfecho do caso era incerto e escrevendo a 13 de Outubro de 2009, uma carta ao presidente da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Salvaterra de Magos, solicitando que fosse reavaliada a situação de forma a que os três menores pudessem voltar para a família.Esta iniciativa de solidariedade valoriza o Clube de Leitores de O MIRANTE e volta a dar visibilidade a um caso que sensibilizou milhares de pessoas. Perante a atitude do Estado ao insistir em manter as crianças numa instituição, a associação Shorinji Kempo de Foros de Salvaterra mobilizou-se e mobilizou a população e construiu, sem ajudas do Estado, uma casa para a família. A população fez uma vigília em frente à Segurança Social de Salvaterra de Magos em Outubro de 2009. Em situações de retirada de crianças, são muitas vezes os vizinhos das famílias que denunciam as situações de eventuais absusos. Aqui foi exactamente o contrário e houve um sentimento de revolta perante a injustiça. Apesar disso, o Estado mantém a pressão sobre Marília Batista e os filhos. Depois da devolução das crianças continuou a acompanhar a família por mais seis meses e a seguir por mais dois e por ainda mais dois. A semana passada foi aberta uma conta solidária em nome da família de Foros de Salvaterra a quem foram retirados os filhos menores durante 18 meses.Nuno Antão tem uma filha de 10 anos e voltará a ser pai nos primeiros meses do próximo ano. Ter uma criança ao colo não lhe é estranho. Assim como não lhe são estranhas situações de injustiça como a que foi vivida pela Soraia, pelos irmãos e pelos pais. Tatiana e Filipe estão ao pé da mãe, Marília Batista. A caminho da Caixa Agrícola, num pequeno percurso a pé, Filipe, foi de mão dada com o deputado social-democrata Vasco Cunha. Ao lado seguia o ex-deputado, também do PSD e actual director executivo da Nersant, António Campos.O Director-Geral de O MIRANTE, Joaquim António Emídio, lembrou o comportamento dos responsáveis políticos que tutelam a segurança social. "A directora da Segurança Social de Santarém nunca falou sobre este assunto. A secretária de Estado Adjunta e da Reabilitação a quem, por cortesia, dei conhecimento antecipado de uma carta aberta que lhe escrevi e que iria publicar no jornal, teve a deselegância de enviar um direito de resposta à mesma, antes de ela ser publicada, e dar ordens ao Instituto da Segurança Social para fazer o mesmo".A conta bancária de solidariedade foi aberta com 1.750 euros. É movimentada com as assinaturas de Marília Batista e de Nuno Monteiro da Shorinji Kempo. O gerente do balcão da Caixa Agrícola de Salvaterra de Magos, José Manuel Moreira, explicou que aquela instituição não poderia ser indiferente ao pedido que lhe foi feito pela administração de O MIRANTE. "Somos uma entidade da área da economia social. É do nosso foro acompanhar estas situações. É uma obrigação. Acompanhámos o caso e não podíamos ficar insensíveis. Colaborámos com todo o gosto. Queremos que estas crianças tenham mais oportunidades na vida", afirmou. A postura da Caixa Agrícola foi elogiada pelo deputado Vasco Cunha. "É um bom exemplo. Os accionistas e clientes certamente ficarão satisfeitos por saberem que a instituição a quem confiam os seus bens está disponível para fazer este trabalho".

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