Falta de segurança preocupa autarcas da freguesia de Vila Franca de Xira
Deputados dizem que os agentes da PSP não se vêem nas ruas
Os deputados das bancadas mais à esquerda na Assembleia de Freguesia de Vila Franca de Xira mostram-se preocupados com o crescente sentimento de insegurança na freguesia e apelam à PSP para sair à rua.
A freguesia de Vila Franca de Xira tem “poucos polícias na rua” e está “insegura”, segundo os deputados da CDU e do PS na assembleia de freguesia, que manifestaram preocupações relativas à segurança na última sessão pública daquele órgão, realizada no sábado, 18 de Dezembro, no Grupo Desportivo e Cultural da Loja Nova.Os deputados mostram-se preocupados com a situação e apontam o dedo aos agentes que acusam “de não sair do quartel”. Mesmo quando o fazem, acrescentam os autarcas, é para “multar os automobilistas”. A crítica mais feroz ouviu-se da bancada socialista com Marques da Costa a defender o regresso do comando metropolitano da Polícia de Segurança Pública para a sede do concelho. “A segurança na cidade anda muito mal desde a saída da GNR e do comando da PSP. Os agentes que estão destacados para Vila Franca de Xira não se vêem nas ruas. Uma das últimas vezes que os vi acompanhei-os apenas para ver que só estavam ocupados a multar os condutores que paravam em frente à Caixa Geral de Depósitos. Se só saem à rua para multar mais vale não saírem”, criticou. O autarca defendeu ainda o regresso a Vila Franca do comando metropolitano da PSP, entendendo que o mesmo “foi retirado à cidade sem glória”. Outros autarcas comentaram o facto de, à noite, o cenário “ser bem pior” e ter sido “uma sorte ainda não ter acontecido nada grave”.Também Mário Saldanha, da bancada da CDU, criticou “alguma passividade” dos agentes de segurança, nomeadamente no que diz respeito à rua Miguel Bombarda. “Vive-se um pouco de qualquer maneira, sem controlo do estacionamento e dos carros que ali passam a alta velocidade. Deveria haver mais polícia na rua”, defendeu.A bancada comunista alertou também para as situações de insegurança “que se continuam a verificar no parque urbano de Santa Sofia”, situação que O MIRANTE já deu a conhecer. O presidente da Junta de Freguesia, José Fidalgo, prometeu ficar atento às preocupações apresentadas pelos eleitos. “Quanto à segurança do parque urbano de Santa Sofia poderemos tentar avançar com uma nova proposta, mais concreta, sobre a questão da segurança”, disse. A PSP refere que tem mantido as acções de fiscalização e sensibilização nas ruas da cidade e acrescenta que as críticas dos deputados não correspondem à verdade. “Não temos aumentado nem diminuído as acções. No que diz respeito às multas é a mesma coisa. O que pontualmente fazemos é reforçar a fiscalização e o cumprimento do código da estrada em determinadas artérias no seguimento de queixas de moradores”, esclarece.Em Dezembro de 2009, recorde-se, no seguimento de vários actos de vandalismo e assaltos a lojas no Bom Retiro – a poucos metros do parque urbano – a Polícia de Segurança Pública realizou um inquérito junto dos moradores sobre o sentimento de segurança. Mais de metade dos moradores (63 por cento) afirmou ter preocupações com, pelo menos, uma situação. Na lista está o receio da delinquência juvenil, o medo de ser assaltado ou violentado com armas, o furto de automóveis e a falta de segurança nas escolas. Ainda assim 84,5 por cento dos moradores disse nunca ter sido vítima de crime e outros 70 por cento afirmaram sentir-se “seguros” na zona. O inquérito foi feito a 160 moradores, com idades entre os 50 e os 60 anos.
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