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Oposição acusa Câmara de Salvaterra de Magos de ter orçamento fictício e empolado

A proposta foi aprovada por maioria com votos do BE e do PS
Os deputados da oposição na Assembleia Municipal de Salvaterra de Magos acusam o executivo camarário de criar um orçamento para o ano de 2011 “fictício”, “pouco credível” e que não é para cumprir. O eleito municipal da bancada da CDU, José Domingos, considera que o orçamento não passa de um “plano de intenções”. “As medidas não são exequíveis e, à semelhança de anos anteriores, está empolado e é pouco credível”, explica o deputado.Como O MIRANTE noticiou (ver edição 23.Dezembro.2010), em 2011 a autarquia de Salvaterra de Magos vai ter um orçamento de aproximadamente 17,5 milhões de euros para gerir. A construção dos dois centros escolares, de Marinhais e Salvaterra de Magos, cuja obra vai custar, no próximo ano, cerca de três milhões de euros cada um são a principal razão, segundo a presidente do município, para um aumento de 32 por cento do orçamento da câmara para o próximo ano comparando com 2010.O deputado municipal Nuno Antão (PS) apelida este orçamento como o “orçamento dos 500 euros” uma vez que são mais “de oitenta rubricas com este valor, para além de mais de uma dezena de outras com verbas abaixo deste valor”. “Temos Grandes Opções do Plano onde não existem opções, não há uma linha de acção, um rumo para o futuro”, critica. O também adjunto da governadora civil de Santarém dá exemplos de rubricas dotadas com 500 euros como melhoria de acessibilidades para pessoas com mobilidade reduzida, participações em feiras, divulgação do concelho, plano municipal de vias cicláveis, entre outros. “Para quem tem o sonho de ligar todas as freguesias por ciclovias dotar esta rubrica com 500 euros é muito pouco”, considera.Também a bancada do PSD criticou o orçamento referindo que este é um “mero exercício de alavancagem financeira para a autarquia se poder endividar. Como os orçamentos de anos anteriores este não está à altura do concelho”, disse Francisco Naia. A presidente do município refutou as acusações dizendo que não se podem criar falsas expectativas à população. Ana Cristina Ribeiro (BE) tem consciência que o próximo ano será difícil na gestão do orçamento, mas mostra-se confiante. “Com rigor e muito respeito pelo dinheiro público tudo faremos para, de uma forma séria, proporcionarmos à população do concelho uma maior e melhor qualidade de vida”.A proposta foi aprovada por maioria com 15 votos a favor (12 do BE e 3 do PS), três contra (PSD) e 7 abstenções (6 do PS e 1 da CDU).

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