Vialonga vai ter ensino secundário. A criação de novas salas de aula que permitirão a frequência de 18 novas turmas do ensino secundário é a principal obra da empreitada de ampliação da EB 2,3 de Vialonga, concelho de Vila Franca de Xira, que vai triplicar o espaço existente no estabelecimento de ensino. As obras, da responsabilidade da empresa pública Parque Escolar, vão arrancar até Março de 2011.Há muito que alunos e professores reclamavam pela ampliação da escola, uma das maiores de Vialonga, que tem mais de um milhar de alunos. Com as novas salas abrem-se também as portas ao ensino secundário, que não existia na freguesia e que era um anseio há muito reclamado pela população. “Até agora os jovens tinham de apanhar transportes para outras freguesias para irem frequentar o secundário”, explica Mauro Pedro, encarregado de educação. As obras de ampliação da escola – onde funciona também a sede do Agrupamento de Escolas de Vialonga – contemplam sobretudo a construção de 20 novas salas de aula, ficando o estabelecimento de ensino com capacidade para 64 turmas, 18 do segundo ciclo, 28 turmas do terceiro ciclo e 18 turmas do secundário. Os custos da obra, segundo a Parque Escolar, contactada pelo O MIRANTE, ainda não são conhecidos por esta se encontrar em fase de concurso. Para ampliar a escola vai ser necessário expropriar alguns terrenos contíguos ao estabelecimento de ensino, de forma a poder receber também um novo ringue desportivo.Na última visita do executivo da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira à freguesia de Vialonga a presidente Maria da Luz Rosinha já tinha garantido que as obras de ampliação seriam para avançar no primeiro trimestre de 2011. Segundo o executivo, desde o início do ano lectivo, já foram investidos 4,7 milhões de euros na beneficiação de escolas daquela freguesia, sobretudo na escola do primeiro ciclo do Cabo de Vialonga e da escola básica e jardim-de-infância da Granja. A presidente do Agrupamento de Escolas de Vialonga, Armandina Soares, em entrevista a O MIRANTE em 2009, disse na altura acreditar que as obras seriam suficientes para o número de alunos existente. “Não considero que o secundário seja uma prioridade. O importante é criar melhores condições para o funcionamento do primeiro ciclo e do ensino básico. No caso desta escola era preciso intervir porque estamos em ruptura grave com turmas de 5º ano com 28 alunos. Temos muitos constrangimentos logísticos e era fundamental ampliar a escola”, refere.Actualmente o ensino secundário na EB 2,3 de Vialonga tem apenas a vertente profissional, durante o dia, com cursos de ourivesaria, multimédia e fotografia. “Não temos mais ofertas porque não há espaço, temos 56 turmas a trabalhar connosco, já não cabe mais nada”, lamentou Armandina Soares ao nosso jornal.