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As campeãs do ténis de mesa dos tempos áureos da modalidade no GDA

Antigas jogadoras matam saudades no Campeonato Amador do Município de Azambuja

As jogadoras de ténis de mesa valeram ao Grupo Desportivo de Azambuja, em meados da década de 80, 17 títulos nacionais no espaço de cinco anos. As campeãs dos tempos áureos da modalidade no GDA matam agora saudades no Campeonato Amador do Município – AZB Fair Play – promovido pela autarquia.

É noite de sexta-feira, 7 de Janeiro, no Pavilhão Municipal de Azambuja. As equipas aquecem antes de mais uma edição do Campeonato Amador do Município de Azambuja 2010/ 2011 – AZB Fair Play - na modalidade de ténis de mesa. Duas mulheres, antigas jogadoras do Grupo Desportivo de Azambuja - Inês Louro e Margarida Cachado - representam os tempos áureos da modalidade do clube e matam as saudades de um desporto que começaram a praticar aos oito anos. “Ganhámos no espaço de quatro ou quase cinco anos dezassete títulos nacionais”, ilustra o antigo treinador Horácio Mendonça, 67 anos. Os resultados foram conseguidos sobretudo graças às atletas do sexo feminino. Não eram mais fortes, mas eram mais dedicadas. “Os rapazes preferiam sempre o futebol. Os que me chegavam eram aqueles que não tinham muito jeito para outros desportos. Elas só tinham duas hipóteses naquela altura: ou iam para o rancho folclórico ou vinham para o ténis de mesa. Então apanhávamos as melhores”, garante Horácio Mendonça que explica que para serem as melhores as atletas tinham que trabalhar durante longas horas de treino.Os resultados foram quase sempre alcançados na categoria de cadetes e juniores. O clube não chegou a ter campeões seniores. “Elas fugiram todas para os clubes grandes, como o Sporting e o Estrela da Amadora”, explica Horácio Mendonça. Uma das jogadoras, Margarida Lopes, foi durante vários anos campeã nacional individual. “Eu em 1984, a trabalhar numa fábrica, ganhava quinze contos por mês. Ela foi ganhar 60 contos para o Sporting”, ilustra orgulhoso.Inês Louro, 37 anos, advogada, praticou ténis de mesa dos oito aos 21 anos. Vestiu a camisola verde do GDA e mesmo quando foi jogar para fora continuou a sentir o clube de Azambuja como a sua casa. “Fomos todas jogadoras federadas. Tínhamos uma remuneração mensal o que era um bom incentivo. Lembro-me que com 14 anos ganhava 15 contos por mês. Dava para comprar o passe, as refeições e para comprar ténis e t-shirts”. José Paulo Jesus, 26 anos, engenheiro electrotécnico, praticou ténis de mesa entre os 12 e os 18, e voltou agora à modalidade para o campeonato. Tem uma explicação para o sucesso das mulheres no ténis de mesa em Azambuja: “Começaram mais cedo a praticar e trabalharam muito”.Margarida Cachado, 38 anos, funcionária pública, que começou a praticar a modalidade aos oito anos por influência do pai, António Cachado, concorda que as mulheres são mais dedicadas naquilo que fazem o que as ajudou a conquistar bons resultados na modalidade. A filha, de 10 anos, já lhe vai seguindo os passos na mesa de ténis às sextas-feiras no pavilhão municipal. Mais do que o resultado aos participantes – que são mais homens que mulheres - interessa sobretudo o convívio. A oitava e nona jornada estão marcadas para 14 e 21 de Janeiro, às 21h00.

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