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Augusto Sacadura

74 anos, reformado, Alhandra

“Eu também já chorei, especialmente quando era miúdo. Felizmente não tenho chorado nos últimos tempos. Senti muito a morte de um amigo que faleceu aos 20 anos num acidente de viação. Foi um momento doloroso. Quando alguém tem um problema e sente necessidade de chorar deve fazê-lo à vontade. Seja homem ou mulher”.

Qual é a primeira coisa em que costuma pensar quando acorda?Fui operado ao coração há uns 10 anos e não sei quantos mais terei pela frente. Sempre que acordo lembro-me que ainda estou vivo e penso que quero aproveitar esse dia. Qual o momento mais marcante da sua vida?Fui atleta do Benfica e aos 17 anos venci uma prova de atletismo que me marcou muito. Parece que ainda oiço todos a gritarem “Benfica, Benfica”. O que acha dos homens que choram?Eu também já chorei, especialmente quando era miúdo. Felizmente não tenho chorado nos últimos tempos. Senti também muito a morte de um amigo que faleceu aos 20 anos num acidente de viação. Foi um momento doloroso. Quando alguém tem um problema e sente necessidade de chorar deve fazê-lo à vontade. Seja homem ou mulher. Se tivesse um incêndio na sua casa o que salvaria em primeiro lugar?Sem dúvida nenhuma que todo o espólio que tenho sobre Alhandra. São muitas pastas com tudo o que reuni sobre a história da minha terra. Estou a tentar resumir tudo em livros para que as coisas não se percam. É inseparável do telemóvel?Não tenho telemóvel. Chega-me o telefone fixo. A minha esposa tem um telemóvel que leva quando vamos passear. Eu não sinto necessidade, mas qualquer dia compro um, é uma vergonha. É um bom garfo à mesa?Como porque tenho de comer. Não sou um grande apreciador de comida ao contrário do meu filho que além de apreciar gastronomia também cozinha muito bem. Ficou contente por o Mourinho ter recebido o troféu de melhor treinador do mundo?Foi merecido embora eu seja do Benfica. Não ligo muito ao futebol, mas claro que senti orgulho por ver mais um português distinguido. É um homem novo que ainda pode conquistar muitos prémios. O que mudava em Alhandra?Mudava toda a sinalética das ruas porque a que existe actualmente não ajuda a chegar aos locais. Também mudava a toponímia. Há uns anos, em qualquer local, as pessoas sabiam onde estavam porque as placas estavam bem colocadas. Hoje já nem se colocam setas para ajudar. Tenho muita pena por termos um pelourinho guardado num armazém. É o único pelourinho do concelho que não está montado. Por fim gostaria que fosse construída uma estrada e um acesso pedonal para os alhandrenses chegarem ao Forte de Alhandra. O que pretende realizar em 2011?Gostava muito de publicar os livros que ando a escrever sobre Alhandra. São seis volumes que vão desde 1203 até 2003. Neste momento estou a terminar o quarto. Já entreguei à presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, Maria da Luz Rosinha, o primeiro e segundo volume mas ainda não recebi qualquer resposta.

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