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Um jovem músico de Abrantes chamado André Natanael Teixeira que não se deixa ofuscar por elogios

Eterno insatisfeito está a estudar em França depois de ter passado pelas escolas portuguesas
Começou por estudar piano, ficou fascinado com a música de Mozart, descobriu o acórdão aos 10 anos, tocou com grupos de música popular, estudou no conservatório de Lisboa e no de Castelo Branco com os melhores professores e faz tudo para ir mais longe.Desde Outubro de 2009 que André Natanael Teixeira, está a viver na zona de Clemont Ferrand, em França, com o objectivo de se tornar um mestre dos mestres na arte de tocar acordeão. Natural de Abrantes, André tem apenas 20 anos mas foi com firmeza que decidiu embarcar nesta aventura “com o propósito de evoluir musicalmente”, trabalhando com aquele que considera como um dos melhores professores de acordeão do mundo, Jacques Mornet. “A experiência está a ser muito boa. Estou a viver cem por cento da música. Para além das aulas, tenho concertos agendados por todo o mundo e muitos projectos”, diz André Teixeira, revelando treinar cerca de dez horas por dia. Foi o sonho de vir a dar cartas no mundo do acordeão que incentivou o jovem a voar de Abrantes para França. “Foi um sonho que sempre tive. Conheci o meu actual professor na Noruega, em 2005, e também ele manifestou interesse em trabalhar comigo”, disse a O MIRANTE.Filho único, revela que os seus pais, ambos ligados ao mundo da música, foram os seus primeiros professores. Começou a aprender piano aos 4 anos de idade. Tocava horas a fio e apaixonou-se pela música de Mozart. Aos dez anos foi inscrever-se no Conservatório de Lisboa e descobriu o acordeão, um instrumento que o fascinou por ser “tão completo e versátil”, explica. André Teixeira considera que o acordeão “é um desafio constante” uma vez que leva a que o músico o explore até à exaustão. Actualmente, para além de treinar, o jovem abrantino também toca em concertos, prestando assistência ao seu professor sempre que necessário. Antes de ir para França já era considerado um dos melhores acordeonistas de música clássica. Os elogios tiveram o condão de o incentivar a ir mais longe. Diz que para aprender a tocar acordeão são necessárias três coisas: trabalho, uma grande sensibilidade e uma vontade constante de se aperfeiçoar cada vez mais. Por este motivo, a música ocupa grande parte dos dias de André Teixeira, que intervala os treinos com actividades desportivas, especialmente no período da manhã. “É importante fazer desporto, visto que o acordeão é um instrumento extremamente físico”, atesta. Para além do acordeão e de fazer desporto, os passatempos de André são os de um jovem normal: ler, ver filmes e ouvir música.As saudades de Abrantes, onde chegou a tocar com bandas locais como os “Hyubris” e “Kwanta”, são colmatadas através de contactos nas redes sociais e telefonemas para a família e amigos. Desde que embarcou nesta aventura, só regressou à sua terra natal, que considera o seu refúgio, em três ocasiões. Em França vive sozinho, concilia o estudo com o trabalho e recebe apoio monetário de algumas associações culturais francesas que suportam as deslocações que fazem ao estrangeiro. “Quero viver exclusivamente da música”, revela o jovem que tem como filosofia de vida colocar amor em tudo o que faz. “Gosto muito da palavra amor. Acho que o importante é fazer aquilo que se ama e com amor. No meu caso é a música. Se não fosse por amor não tocava”, atesta.

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