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Companhia das Lezírias mantém aposta na vertente ambiental e no turismo

A empresa tem em curso vários projectos na área do ambiente, na sequência do compromisso que assumiu com o Instituto de Conservação da Natureza
O Espaço de Visitação e Observação de Aves (EVOA), um dos projectos que a Companhia das Lezírias (CL) está a desenvolver na área do ambiente e do turismo da natureza, deverá estar concluído no final deste ano. António de Sousa, presidente do conselho de administração da CL desde Julho último, disse que o projecto, que tinha como data de conclusão anunciada o início de 2011, sofreu alguns atrasos, tendo as lagoas começado a ser feitas no Verão, o que obrigou a uma “reprogramação”.Anunciado como um projecto emblemático na estratégia de turismo na natureza, o EVOA conta com financiamentos do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN) e apoios da Brisa, prevendo a criação de lagos com dissimuladores para observação de aves, na cabeceira norte do estuário do Tejo.Para António de Sousa, o agroturismo é um sector “de nicho”, que está no seu início, não sendo ainda rentável. “Mas temos grandes expectativas que o seja no futuro”, disse, referindo que, embora o contexto seja de alguma contenção em termos de investimentos, os projectos nesta área vão avançar.A CL tem em curso vários projectos na área do ambiente, na sequência do compromisso “Business & Biodiversity” que assumiu em 2007 com o Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB), em parceria com empresas e centros de investigação de várias universidades (Évora, Lisboa e Porto).“Fico bastante agradado por ver investigação aplicada, produção de conhecimento que acrescenta valor à própria empresa”, afirmou, sublinhando que a CL está nesses projectos “de corpo e alma”, já que uma das preocupações é precisamente a sustentabilidade ambiental.A Companhia das Lezírias ocupa perto de 20.000 hectares de terreno numa área sensível – a Reserva Natural do Estuário do Tejo -, servindo de “tampão ao crescimento urbanístico”, já que se situa a menos de 30 quilómetros do maior aglomerado urbano do país, frisou.António de Sousa tem em mãos um outro projecto que recebeu da gestão anterior, a criação de uma central de biomassa para produção de energia que está em avaliação, embora se mantenha no orçamento para 2011.Segundo disse, é preciso garantir que a central terá a matéria-prima necessária para funcionar, já que os terrenos da empresa apenas chegam para 10 por cento das necessidades. Uma opção poderá passar pelas culturas energéticas, que, “numa primeira linha, poderão servir para colmatar algumas deficiências em termos do abastecimento da matéria-prima para este projecto”, disse. “Não podemos arrancar sem a questão da matéria-prima estar perfeitamente assegurada”, acrescentou.Nacionalizada em 1975, a Companhia das Lezírias foi transformada em sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos em 1989, sendo presidida desde 19 de Julho de 2010 por António João de Sousa, doutorado em gestão e docente da Universidade de Évora.

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