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A tradição da contradança em Malaqueijo

A tradição da contradança em Malaqueijo

“A menina contradança?” Esta seria a pergunta que os cavalheiros faziam às meninas há cerca de cem anos, quando a tradição da Contradança chegou a Malaqueijo, concelho de Rio Maior, pelas mãos do ex-combatente da primeira guerra mundial, em França, Joaquim Paula. Todos os anos, por ocasião dos festejos de São Brás, a população cumpre a tradição de se juntar, precisamente no Largo da Contradança, para executar a dança. Este domingo, 6 de Fevereiro, não foi diferente. Um dos dançarinos, a quem chamam “mandador”, vai gritando palavras de ordem num francês aportuguesado, que definem o curso da coreografia. Mário Monteiro, já é mandador há vários anos. Aprendeu com o pai e não prescinde desta tarefa por nada. “Faço isto mesmo por gosto”, garante já ofegante. Com uma energia inesgotável, o “mandador” ordena. “Grand promenade!”, Changez dammes!”, “Au contraire!”, são algumas das coordenadas. O ritmo vai aumentando e o grau de exigência também. Fazem-se intervalos frequentes para molhar a garganta e recuperar o fôlego. Numa tradição que junta dos 8 aos 80 anos, surgem os enganos e tropeções que levam participantes e assistência à gargalhada. Passa-se uma tarde, em que três acordeões e uns passos de dança fazem a festa.
A tradição da contradança em Malaqueijo

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