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Inês Neto

41 anos, cabeleireira, Azambuja

“O Estado foi inventado para servir a família, mas o que acontece neste momento é o contrário. O Estado acha que a família está para servir o Estado. E o que é que aconteceu? Aconteceu que a família foi destruída. As exigências são muitas ao nível profissional e é preciso trabalhar, trabalhar, trabalhar. O Estado exige demais da família e a família acaba por ceder quando devia ser ao contrário. A família é que devia exigir do Estado”.

Gosta de cozinhar?Cozinho. Sou gulosa e por isso faço muitos doces. A minha especialidade é torta de cenoura. Também faço um doce que inventei com ovos moles e claras que levo ao forno. Inventei este doce porque nunca consegui fazer molotof (risos).Tem algum livro de cabeceira?O meu livro de cabeceira é a Bíblia. Vou meditando todos os dias. Amar a Deus acima de tudo e ao próximo como a nós mesmos. Acho que é a palavra mais indicada para os tempos de hoje. Tive uma fase da juventude, entre os 15 e 20, um pouco desligada da Igreja até que senti que sem Deus a vida não faz qualquer sentido. Cheguei até a pensar dedicar a Ele a minha vida, mas Deus também precisa de cristãos no mundo para remar contra a maré. Cada qual no seu local pode mudar, não o mundo, mas o que está ao seu alcance.Se fosse presidente de câmara o que mudaria em Azambuja?A verdade é que Azambuja nunca esteve tão bem. Antigamente usava a expressão: “Azambuja da cara suja”. Actualmente Azambuja está bonita, mais arranjada. Tem sido feito um trabalho muito digno. Azambuja não tem nada a ver com o que era há 15 anos. Não posso dizer o que faria porque não sei o que é ser presidente. Por que é que a maior parte das pessoas não é empreendedora?Muitas têm medo de arriscar. Nem todas as pessoas têm essa vocação. Preferem trabalhar para alguém e não ter preocupações. Por um lado também as entendo. Como olha para a estrutura familiar de hoje em dia? O Estado foi inventado para servir a família, mas o que acontece neste momento é o contrário. O Estado acha que a família está para servir o Estado. E o que é que aconteceu? Aconteceu que a família foi destruída. As exigências são muitas ao nível profissional e é preciso trabalhar, trabalhar, trabalhar. O Estado exige demais da família e a família acaba por ceder quando devia ser ao contrário. A família é que devia exigir do Estado. O que fazer se hoje um curso já não é garantia de emprego?As pessoas hoje em dia só querem tirar cursos. Não quer dizer que isso não seja importante, mas um curso técnico, por exemplo, pode ter mais saída. Qualquer dia não há um padeiro, um sapateiro ou um electricista… E essas coisas também fazem falta. Tem alguma viagem planeada?Sim, a Medjugorje, na Bósnia. Já lá fui o ano passado e vou lá voltar este ano. É a minha viagem de eleição. Acontecem lá coisas maravilhosas. Vou em peregrinação.

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