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Insondável Manuel Serra d’Aire

Começo por uma pergunta incontornável: quem socorre os nossos bombeiros? A actividade está a tornar-se de alto risco e não é por causa dos fogos, dos acidentes, dos gatos que sobem às árvores ou dos futebolistas que têm de retirar de maca dos relvados. Não. Hoje ser bombeiro é tão arriscado como passar uns dias no Afeganistão ou no Egipto. Que o diga o bombeiro de Almeirim que foi agredido quando socorria o morador de um acampamento da cidade. E antes dele já outros tinham provado do mesmo prato. Em Almeirim e em Abrantes, por exemplo.Pelos vistos, alguns campistas deste país necessitam de cuidados especiais e de tratamento VIP. Há pois que dar formação aos bombeiros nesse sentido. Proporcionar aos pacientes comodidades e tratamentos de SPA, fornecer aos seus acompanhantes champanhe e ostras enquanto aguardam os procedimentos e, acima de tudo, não os contrariar, porque se trata de gente muito sensível e que se passa dos carretos com muita facilidade. Em alternativa, resta aos bombeiros contratarem guarda-costas ou tirarem um curso de defesa pessoal se querem andar na rua sem olhos “à Belenenses”.A impiedosa paróquia de Fátima pôs no olho da rua uma colectividade de Boleiros que ocupava instalações da Igreja. A Academia de Esfaguntados tem um belo nome mas devia saber que usar símbolos como um garrafão de vinho e um chouriço para se identificar no Facebook não é lá muito católico. Ainda se fosse uma hóstia e um cálice de vinho branco… E usar uma casa da paróquia para actividades heréticas como jogar à sueca e beber minis não lembra ao Diabo. Não terem sido excomungados foi uma sorte.Os fenómenos urbanísticos em Vila Franca de Xira não param de surpreender. É difícil superar aquela história do viaduto que não vai dar a lado nenhum e que não serve para nada, é verdade, mas também é admirável a façanha do prédio da urbanização do Monte Gordo que começou a afastar-se dos prédios vizinhos. É realmente um fenómeno, porque o monstro de betão e ferro parece ter ganho vida própria. Mas no que os técnicos vêem perigo eu vejo bom senso. Se eu fosse prédio naquela selva urbana também procurava sair de fininho para não ficar mal na fotografia.Por fim deixo uma questão intrigante para comentares se te apetecer. Depois de um jovem poeta de Almeirim anunciar em O MIRANTE que quer aprender a plantar couves, veio um cantor lírico de Vila Franca de Xira dizer que quer cultivar os seus legumes. O que se passará com esta gente, Manel? Está-se tudo a passar dos carretos?Saudações agro-católicas do Serafim das Neves

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