O que se passou no domingo de manhã no Duatlo das Lezírias foi uma completa vergonha. Os participantes e o público (que era na sua maioria familiares dos atletas porque estava um mau tempo terrível) estacionaram os seus carros num parque preparado pela organização. Perto das 12h00 o tempo estava mesmo mau e muitos atletas tiveram de desistir. Sou familiar de um dos atletas que não conseguiu pedalar mais por se encontrar com sintomas de hipotermia. Quisémos levá-lo de imediato para casa para o aquecer mas a rigidez dos agentes da PSP em não deixar ninguém sair foi incompreensível. Os carros acumulavam-se e mesmo com atletas a precisar de atenção a polícia não deixou ninguém circular, mesmo numa altura em que já nem passavam atletas na estrada que dava acesso à recta do cabo. Valeu a coragem de um dos atletas que, também ele em esforço, saiu do carro para enfrentar a chuva e o polícia, motivou uma discussão e um motim que permitiu que todos os carros arrancassem sem passar patavina “à autoridade”, como era mais do que justo dado o estado de muitos dos atletas, onde nem a sofagem dos carros servia para aquecer. Mas não foram só os desportistas que levaram com a rigidez da polícia. Nem a imprensa, pelo que soube, pôde passar para ir fazer o seu trabalho!Enfim, uma completa vergonha a manchar uma prova que até então só tinha sido prejudicada pelo tempo. Estou indignada com a postura demasiado autoritária da PSP de Vila Franca num encontro desportivo que, por amor da santa, não era uma meia maratona de Lisboa! Os senhores agentes que sejam mais compreensivos da próxima vez e não pensem que são sempre os donos da razão! Tudo bem que existam planos de segurança mas os mesmos devem ser acompanhados de margens de manobra que permitam prevêr situações deste tipo. Quero agradecer ao atleta que saiu do carro, sem ele só teríamos saído do cabo de Vila Franca às duas horas da tarde e com os nossos filhos nos braços.Aurora Brito