O antigo parque industrial da Previdente, situado na berma da Estrada Nacional 10, em Alverca do Ribatejo, concelho de Vila Franca de Xira, continua ao abandono depois de ter sido desactivado há mais de uma década. Há quem defenda a preservação do espólio daquele que foi um dos maiores parques industriais da cidade e que empregou mais de 1500 pessoas.Ainda não é conhecido o destino a dar a muitas das máquinas e instrumentos de laboração da antiga fábrica metalúrgica numa altura em que se encontra em análise um estudo de impacte ambiental com vista à implantação no local de um espaço comercial com 7,8 hectares.Na última reunião pública do executivo da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira os vereadores da CDU mostraram-se preocupados quanto à correcta preservação do que consideram ser “um património valioso” para compreender a história da indústria do concelho.“Seria importante saber que esforços estarão a ser feitos pela câmara municipal no sentido de preservar algumas das peças que ali se encontram e a sua correcta manutenção futura”, sugeriu Nuno Libório. A presidente do executivo, Maria da Luz Rosinha (PS), assegurou que as situações estão a ser alvo de análise.Após o seu declínio o espaço da Previdente chegou a estar alugado a várias firmas que ali laboraram mas após o encerramento das fábricas os pavilhões degradaram-se e hoje os espaços exteriores são inclusivamente usados para pasto de rebanhos de ovelhas.Em 2010, tal como O MIRANTE noticiou, foi instalada no centro da cidade de Alverca – na rua Quinta do Forno – uma antiga laminadora da Previdente, onde os lingotes de chumbo eram prensados entre dois rolos tomando a espessura de uma folha de papel. A máquina laborou entre 1955 e 1988 e serve como monumento de homenagem à indústria metalúrgica, que teve em tempos uma forte implantação na freguesia, especialmente com firmas como a Mague e a Previdente.Em análise está o estudo de impacte ambiental, que visa dar seguimento a um projecto da responsabilidade da empresa Indústrias Metálicas Previdente, no sentido de criar no local uma ampla área comercial com mais de uma centena de lojas, um milhar de lugares de estacionamento e um alvo comercial de quase 200 mil habitantes das freguesias do Sobralinho, Alhandra, Alverca e Vila Franca de Xira. O projecto prevê ainda um volume de negócios anual na casa dos 58 milhões de euros e a criação de mil empregos. O complexo em estudo é composto por espaços comerciais de dois pisos, distribuídos em torno de uma praça central e terraços com vista sobre o rio Tejo.