O Pólo de Formação de Abrantes do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), localizado no Tecnopólo de Alferrarede, reduziu a sua oferta formativa, suspendendo alguns dos cursos e formações que ali eram ministrados, para evitar a duplicação dessas ofertas e o desperdício de recursos financeiros, uma vez que existem várias escolas e entidades formadoras no concelho. O assunto foi abordado na última sessão da Assembleia Municipal de Abrantes, realizada a 25 de Fevereiro, por Manuela Ruivo, deputada do PSD, que já tinha feito chegar às redacções essa informação sob a forma de um artigo de opinião. “Esta é a primeira etapa para a desactivação e encerramento do pólo de formação e mais um sinal da gestão socialista”, considerou a mesma perante a assembleia.Essa opinião foi prontamente desmentida pela deputada socialista Idalina Maçãs, profissional ligada à educação, que justificou esta diminuição com o aumento dos cursos em várias instituições no concelho. “O seu comunicado pareceu-me espelhar alguma falta de informação, deliberada ou não, que denota alguma distracção”, começou por responder, salientando o “esforço e o empenho que tem vindo a ser desenvolvido no sentido de melhorar as qualificações escolares e profissionais dos portugueses. De acordo com Idalina Maçãs, são inúmeras as ofertas formativas disponibilizadas no concelho, de modo a atenderem ao público diversificado que as procura. “As escolas e os agrupamentos escolares ofereceram, nos últimos quatro anos, 58 cursos profissionais e 29 cursos de educação e formação de jovens. Além destes, têm vindo a ser disponibilizados cursos de formação e educação de adultos, formações modulares, cursos de português para estrangeiros ou cursos de competências básicas para pessoas que não possuem o 1.º ciclo de escolaridade”, enumerou.Segundo Idalina Maçãs, “há mais formação em Abrantes do que aquela que é ministrada pelo IEFP”, justificando que esta entidade está a ponderar suspender alguns dos cursos no pólo de Abrantes devido à diversificação de oferta que existe, numa óptica de rentabilização de recursos. “Não vale a pena desperdiçar recursos, repetindo ofertas formativas dentro da mesma área. Parece-me, no actual momento, uma grande irresponsabilidade pois significa duplicação de gastos”, justifica. Também a presidente da autarquia, Maria do Céu Albuquerque (PS), respondeu à intervenção de Manuela Ruivo considerando que a mesma está “completamente errada” dando o exemplo do grande investimento que a autarquia está a desenvolver, no âmbito do ensino e formação, no Tecnopólo de Alferrarede.