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Desligou-se da electricidade para abraçar medicina tradicional chinesa

Desligou-se da electricidade para abraçar medicina tradicional chinesa

Pedro Santos sempre teve o sonho de enveredar pela área da saúde para ajudar a tratar os doentes

Licenciou-se em electrotecnia e frequentou o curso de gestão e recursos humanos até ao terceiro ano, mas o seu objectivo sempre foi tirar um curso na área da saúde.

Pedro Santos, 41 anos, sempre teve o sonho de trabalhar na área da saúde para poder ajudar a tratar os doentes. Como não conseguiu entrar nos cursos de saúde a sua vida seguiu outro caminho mas o médico nunca se esqueceu do seu sonho. Licenciou-se em electrotecnia e frequentou o curso de gestão e recursos humanos até ao terceiro ano. O dinheiro que amealhava com o emprego no ramo da electrotecnia tinha um fim: realizar o seu objectivo de tirar um curso na área da saúde.Um dia um amigo falou-lhe no curso de Medicina Tradicional Chinesa (MTC), leccionado pelo médico Pedro Choy, e desafiou Pedro Santos a experimentar. “Um dia fui assistir ao curso e comecei a entusiasmar-me”, explica o médico a O MIRANTE. Quando frequentava o segundo ano do curso de MTC começou a praticar acupunctura numa casa PAS (Plano Alternativo de Saúde), em Almeirim, onde o médico Pedro Choy dava consultas a pessoas carenciadas.Natural de Torres Novas, Pedro Santos dá consultas nas clínicas Pedro Choy em Santarém e Leiria nas áreas de emagrecimento e clínico. Apesar da MTC ainda não ser reconhecida oficialmente em Portugal, Pedro Santos diz que existem já “muitos” médicos da chamada medicina convencional a “enviar” pacientes para serem tratados através da acupunctura. Psiquiatras, reumatologistas, neurologistas são alguns dos médicos que consideram que os seus doentes podem ser tratados através da MTC. “A mentalidade começa a mudar e a Medicina Tradicional Chinesa defende que ambas as medicinas podem trabalhar em conjunto. Esse é o principal objectivo”, realça o médico.Para provar que as mentalidades estão mesmo a mudar, Pedro Santos conta a O MIRANTE que “muitos” médicos do Centro de Saúde de Santarém e também do Hospital Distrital de Santarém são seus pacientes. “Uma médica veio cá fazer tratamento e teve bons resultados, por isso os seus colegas também quiseram experimentar. Rendem-se à evidência dos bons resultados e compreendem que a acupunctura funciona, senão não vinham. Como são os colegas a sugerir a aceitação é mais fácil”, refere.Uma das áreas que tem tido muita procura é a do emagrecimento. Os bons resultados dos pacientes são um bom cartão-de-visita. O método é simples: acupunctura, fitoterapia (método terapêutico através de plantas medicinais) e uma alimentação equilibrada. “Não são as agulhas que emagrecem mas quando estas são colocadas em meridianos principais do nosso corpo, que estimulam o nosso organismo e mexem com a nossa parte mental, aí consegue-se uma maior motivação para mantermos uma alimentação equilibrada. É tudo uma questão de equilíbrio entre corpo e mente”, salienta. O médico realça que sem uma alimentação equilibrada não se consegue emagrecer. Segundo Pedro Santos os hábitos culturais da população portuguesa em relação à comida não são os melhores. A ingestão de gorduras e fritos deve ser eliminado e “felizmente” isso começa a acontecer cada vez mais. Verduras e grelhados, sobretudo peixe, devem constar cada vez mais na nossa ementa. “Mas ainda há um longo caminho a percorrer para as pessoas adoptarem hábitos de vida saudáveis”, diz acrescentando que a ingestão de água diariamente é fundamental para o equilíbrio energético do organismo.A acupunctura é feita através de agulhas o que pode causar alguma “impressão” em algumas pessoas. Pedro Santos explica que também é possível praticar acupunctura sem recorrer a agulhas apesar de, explica, estas serem indolores. “É possível fazer acupunctura em bebés, recém-nascidos e grávidas. Podemos tratar problemas de intestinos e de nível neurológico”, exemplifica.Nos “poucos” tempos livres que lhe sobram Pedro Santos gosta de se dedicar à pintura, passatempo ao qual se dedica há vários anos. Alguns dias por semana não dispensa umas partidas de hóquei em patins com os amigos, modalidade na qual já foi federado. Hoje continua a jogar mas só pelo convívio com os amigos. “É uma forma de descomprimir do stress do dia-a-dia e também para me manter em forma”, explica. A construção de puzzles com a filha de quatro anos também faz parte das suas actividades lúdicas.
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